O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) abandonou a ideia de divulgar um “carômetro” com os nomes dos parlamentares que não assinaram o requerimento de urgência do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A reportagem é do jornal O Globo.
A mudança de rumo veio após orientação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, que agora aposta em uma estratégia menos expositiva e mais voltada à articulação com os presidentes de partidos.
A nova meta é convencer os líderes partidários responsáveis pelo controle dos recursos dos fundos eleitoral e partidário, figuras-chave no repasse de verbas para as campanhas dos deputados. A expectativa é que, com essa pressão, mais parlamentares se sintam compelidos a aderir à proposta.
Bolsonaro já iniciou conversas com dirigentes de siglas e pretende ampliar a articulação nos próximos dias. A ideia é tentar garantir as 257 assinaturas necessárias para que o projeto tramite com urgência — até agora, segundo Sóstenes, foram obtidos 191 apoios, com adesão de parlamentares de diferentes legendas.
Durante o ato de domingo na Avenida Paulista, alguns líderes partidários foram alvo de vaias e cobranças. Um deles foi Hugo Motta (Republicanos-PB), que, em um evento em São Paulo nesta segunda-feira, defendeu a importância do equilíbrio institucional.
“Não contem com este presidente para agravar a situação. Vamos enfrentar com cautela, com os pés no chão, sensibilidade e responsabilidade, para que o Brasil possa sair mais forte dessa discussão. Respeitando todas as manifestações”, afirmou.
Com o avanço da articulação, aliados de Bolsonaro esperam evitar o desgaste direto com os deputados e criar uma corrente de influência a partir do topo das legendas, evitando atritos internos mais intensos. E mais: Malafaia e Mourão trocam farpas pelas redes sociais. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: O Globo)