PGR se manifesta a Moraes sobre estadia de Bolsonaro em ‘Embaixada da Hungria’

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação sobre a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, no mês passado.

De acordo com a PGR, o documento foi enviado na noite de quinta-feira (4) à Corte e não será divulgado porque está em segredo de Justiça. O prazo dado por Alexandre de Moraes terminava nesta sexta-feira (5).

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deu cinco dias para a procuradoria opinar sobre as explicações de Bolsonaro para o episódio.

Na segunda-feira (25), o jornal The New York Times publicou que o ex-presidente permaneceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada.

Dias antes, em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes após sofrer uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis.

Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras. Dessa forma, Bolsonaro, teoricamente, estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão.

A discussão gira em torno se o ex-presidente tinha a intenção ou não pedir asilo ao ficar duas noites no local, em meados de fevereiro.

Na semana passada, a defesa de Bolsonaro disse que é “ilógico” considerar que o ex-presidente pediria asilo político para a embaixada. Segundo a defesa, Bolsonaro não tinha preocupação com eventual prisão. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, em discurso recente, também questionou se alguém acredita que seu pai fugiria do Brasil deixando a esposa e sua filha Laura, menor de idade.

Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán. Além disso, ambos trocam constantes elogios públicos.

Após o vazamento das imagens ao jornal norte-americano, a Embaixada decidiu demitir dois funcionários brasileiros que tinham acesso às câmeras de segurança do local, mas não deu explicações sobre o verdadeiro motivo para os desligamentos. E mais: Contas públicas têm déficit de R$ 48,7 bilhões em fevereiro. Clique AQUI para ver. (Fonte: EBC)

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