A Polícia Federal deflagra, na manhã desta sexta-feira (20), a primeira fase da ‘Operação Lesa Pátria’, com o objetivo de identificar pessoas que ‘participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1’, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos.
Ao todo foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
Segundo a PF, “as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”.
Unlock II
A Polícia Federal, também na manhã desta sexta-feira (20), deflagrou a Operação Unlock II com a finalidade de cumprir três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva na cidade de Dourados/MS. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul em processo que investiga as manifestações e bloqueios em rodovias ocorridos naquela região no mês de novembro de 2022.
No dia 18/11/2022, pessoas utilizando máscaras e veículo sem placas (retiradas propositalmente) descarregaram pneus e formaram uma barricada no local denominado Trevo da Bandeira, na BR 163 em área urbana de Dourados/MS, com a intenção de bloqueio da rodovia. Os pneus que formavam a barreira na rodovia foram incendiados.
No dia 20/11/2022, a Polícia Federal, com apoio da PRF, deflagrou a primeira fase da OPERAÇÃO UNLOCK, que resultou na apreensão do veículo e de materiais que teriam sido utilizados no ato, além da prisão do motorista que transportou os pneus até o local do incêndio.
Segundo a PF, a ação desencadeada hoje tem por objeto o aprofundamento das investigações, em especial a identificação dos demais envolvidos, inclusive organizadores e financiadores.
Ainda segundo nota da PF, “o grupo de pessoas investigadas deverão responder pelos crimes de incitação ao crime), associação criminosa, desobediência e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.
Última Patrulha
A PF deflagrou, nesta sexta-feira (20), no Pará, a ‘Operação Última Patrulha’, que cumpriu oito mandados de busca e apreensão possíveis envolvidos nas invasões de Brasília. O objetivo é esclarecer sobre os atos que culminaram com as invasões aos 3 poderes, em 8 de janeiro.
Quarenta e seis policiais federais foram mobilizados para cumprir, em Belém e Ananindeua, as medidas cautelares expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará – TRF1.
De acordo com as investigações, os seis alvos dos mandados prestaram auxílio material para tentar, “com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”. Eles são suspeitos de aderir, coordenar ou financiar o movimento.
A investigação começou a partir das postagens em redes sociais, que tinham dois objetivos principais: organizar caravanas de manifestantes de todas as regiões do país para Brasília, para promover uma greve geral com a “tomada” dos Três Poderes.
A Polícia Federal diz que monitorou grupos de excursões que partiram de Belém rumo à Capital Federal, “que tinham intuito de criar desordem e invasões a prédios públicos, inclusive com possíveis ataques a órgãos e empresas no Pará”.
O nome da operação, Última Patrulha, faz referência a um dos grupos mais ativos redes sociais – com participantes do Pará – na organização dos ataques em Brasília.