PF faz operação contra plano para sequestrar autoridades e resgatar líderes do PCC

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Com base em informações sobre um possível plano de resgate de lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) presos nas penitenciárias federais de Brasília e de Porto Velho (RO), a Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deflagraram hoje (10) a Operação Anjos da Guarda.

Entre os presos a serem resgatados estão lideranças da facção como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido.

O desmantelo do plano de resgate conta com a participação de 80 policiais federais, que estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal; em duas cidades do Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas); e em três municípios paulistas (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em uma residência da mulher de Marcola localizada em Alphaville, na Grande SP. A mulher e a cunhada de Barbará foram presas na ação.

Segundo a PF, o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida com advogados, que extrapolavam suas atividades legais ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto o retorno de mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

“Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato”, diz a PF.
Além da tentativa de resgate dos presos, o grupo pretendia implementar outras ações, como o sequestro de autoridades, na tentativa de viabilizar a soltura de criminosos. “Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato”, informaram os investigadores.

Segundo reportagem do jornal Folha de SP, o plano de fuga é arquitetado há anos pelo grupo criminoso e teve início quando Marcola ainda estava preso no sistema penitenciário estadual de São Paulo. Apontado como principal liderança do PCC, ele foi transferido de um presídio paulista para a penitenciária federal de Brasília em março de 2019 (na época, por determinação do ex-ministro Sérgio Moro). Em março de 2022, entretanto, ele foi novamente transferido, dessa vez para o presídio federal em Porto Velho (RO).


Fontes: Folha de SP; Agência Brasil

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