O governo Lula aprovou nesta quinta-feira (25) a distribuição de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras e sinalizou ainda com a possibilidade de nova distribuição de valor equivalente ao longo do ano, de acordo com as condições financeiras da companhia.
A decisão é um recuo à crise iniciada no início de março, quando o próprio governo petista rejeitou proposta semelhante da direção da Petrobras, o que derrubou as ações da estatal na bolsa. Agora, com os dividendos adicionais, a Petrobras já aprovou R$ 94 bilhões em dividendos sobre o lucro de 2023.
A assembleia foi iniciada com a presença incomum do presidente da companhia, Jean Paul Prates, e de seu diretor Financeiro, Sergio Caetano Leite. Sobrevivente de um forte processo de desgaste nas últimas semanas, Prates acompanhou a abertura dos trabalhos e deixou o evento sem dar entrevista.
O valor aprovado nesta quinta corresponde a 50% do lucro excedente de 43,9 bilhões que a empresa registrou no ano anterior. Após semanas de idas e vindas, com fortes impactos sobre as ações da estatal, a União não só recuou como recomendou à empresa que avalie a distribuição dos 50% restantes.
A distribuição dos dividendos remanescentes foi autorizada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada. Ao mesmo tempo, o conselho de administração da Petrobras reavaliou sua posição, posicionando-se favoravelmente ao pagamento dos recursos.
A proposta foi levada à assembleia de acionistas desta quinta pelo procurador da Fazenda Nacional, Ivo Timbó, causando desconforto em acionistas privados que já haviam declarado votos contra a proposta da Petrobras de reter os dividendos.
Os dividendos aprovados nesta quinta serão pagos em duas parcelas iguais, juntamente com cerca de R$ 14 bilhões remanescentes de dividendos ordinários, nos dias 20 de maio e 20 de junho. E mais: Plataforma Rumble é intimada por comissão dos EUA a entregar decisões de Moraes. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)