Um juiz da Nicarágua condenou quatro padres católicos a 10 anos de prisão nesta segunda-feira (6), depois que eles foram acusados de “traição” e “difusão de notícias falsas”, em meio ao que grupos de direitos humanos chamam de crescente repressão aos críticos do Presidente Daniel Ortega.
Outros dois seminaristas católicos que estudavam para o sacerdócio também foram condenados a uma década de prisão pelas mesmas acusações.
Os seis homens pertencem à diocese de Matagalpa, na Nicarágua, liderada pelo bispo Rolando Alvarez, que foi preso em agosto passado. Alvarez foi colocado em prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento. Um cinegrafista de um canal de televisão católico também foi condenado na segunda-feira a 10 anos de prisão.
“Condenamos essas ações perversas do regime, que violam os direitos humanos”, escreveu o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos em um post no Twitter. O grupo também pediu a libertação imediata dos homens.
Grupos de direitos humanos acusaram Ortega de atacar líderes críticos da Igreja Católica após protestos em todo o país em 2018. Ortega acusou os religiosos de tentar derrubá-lo quando serviram como mediadores com grupos de protesto durante os protestos que resultaram em 300 mortes.
Desde então, o governo de Ortega expulsou freiras e missionários católicos, fechou estações de rádio e televisão católicas e prendeu mais de uma dúzia de padres.
No fim de semana, outro padre católico na zona rural da Nicarágua também foi condenado por traição e divulgação de notícias falsas em um julgamento separado. E veja também: 99 é condenada a indenizar motorista por denúncia de assédio não comprovada. Clique AQUI para ver.