A cotação do ouro atingiu um marco histórico nesta terça-feira (22), ao superar pela primeira vez os US$ 3.500 (R$ 20.300) por onça (31,1 gramas).
No entanto, às 15h53 (horário de Brasília), o preço já havia recuado 1,13%, sendo negociado a US$ 3.386,74. Em um cenário de instabilidade, o ouro vem sendo visto como um dos investimentos mais seguros por analistas e investidores.
As incertezas giram em torno das novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, cujos efeitos sobre a inflação global e o ritmo da atividade econômica ainda são motivo de apreensão.O presidente dos EUA anunciou o adiamento de tarifas a diversos país para negociação. Com a China, porém, a gue comercial se intensificou.
A tensão no mercado se agravou com críticas recentes do ex-presidente Donald Trump ao Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central brasileiro, Gabriel Galípolo, comentou sobre o atual momento de volatilidade.
Segundo ele, embora o dólar tradicionalmente seja um porto seguro, a origem da crise nos próprios EUA tem gerado desconfiança: “É perceptível, entre os agentes econômicos, uma dúvida sobre para onde se deve procurar proteção no momento de aversão a risco”.
Galípolo também defendeu o presidente do Fed, Jerome Powell, ressaltando sua atuação diante de choques recentes, como a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia.
Ele disse que o pacote tarifário de Trump poderá desestabilizar a economia americana: “Vai bagunçar o trabalho do Fed e criar pressões inflacionárias e de atividade econômica”. E concluiu: “[Powell] Estava conseguindo entregar algo raro: uma aterrissagem suave, com inflação convergindo para a meta e pleno emprego nos EUA”. E mais: Valdemar Costa Neto visita Bolsonaro na UTI. Clique AQUI para ver. (Foto: Freepik; Fonte: Poder360)