Nesta segunda-feira (5), Edmundo González, principal rival de Nicolás Maduro, proclamou-se presidente da Venezuela. A oposição, sob a liderança de González e María Corina Machado, questiona o resultado das eleições desde a votação ocorrida em 28 de julho.
“Triunfamos nesta eleição sem contestação. Foi uma onda eleitoral vibrante, com uma organização cidadã exemplar, pacífica, democrática e com resultados inquestionáveis. Agora, cabe a todos nós garantir que a voz do povo seja respeitada. Proclamamos, de imediato, Edmundo González Urrutia como presidente eleito da República”, declararam González e María Corina Machado em comunicado oficial.
Venezolanos, ciudadanos militares y funcionarios policiales,
Nuestro mensaje en esta hora decisiva para el futuro de la República. pic.twitter.com/Pr9AAhsBnC
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) August 5, 2024
Embora a autoproclamação de González tenha caráter simbólico, uma vez que a proclamação oficial é prerrogativa do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), este ato ocorre após países como os Estados Unidos reconhecerem González como vencedor da eleição. Uma contagem paralela realizada pela oposição aponta que González obteve 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Na semana anterior, o CNE anunciou Maduro como vencedor com 51,95% dos votos, enquanto González teria recebido 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas. O presidente do CNE é conhecido por seu alinhamento com Maduro.
A oposição e a comunidade internacional contestam os resultados divulgados pelo CNE e exigem a divulgação completa das atas eleitorais. Vários países, observadores internacionais, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia não reconhecem o resultado oficial e clamam por transparência no processo eleitoral. O Centro Carter, entidade que monitora democracias e eleições globalmente, declarou que a eleição “não pode ser considerada democrática”.
Em seu comunicado, González e María Corina Machado alegam que “Maduro se recusa a reconhecer sua derrota” e apelam aos militares venezuelanos para que “se posicionem ao lado do povo” e evitem um golpe de Estado que Maduro estaria executando.
“Pedimos que impeçam os abusos do regime contra o povo e que respeitem, e façam respeitar, os resultados das eleições de 28 de julho. Maduro deu um golpe de Estado que desrespeita toda a ordem constitucional e pretende torná-los cúmplices disso. (…) Membros das Forças Armadas e das forças policiais, cumpram seus deveres institucionais, não reprimam o povo, unam-se a ele”, conclui o comunicado. E mais: Brasil se aproxima de 5 mil mortes por dengue em 2024. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: G1)