Justiça do RJ condena petista Lindbergh Farias por improbidade administrativa

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou a apelação do deputado federal petista Lindberg Farias (PT-RJ), ex-prefeito de Nova Iguaçu, e de outros onze réus por improbidade administrativa no município. A informação é do jornal O Globo.

A 9ª Câmara de Direito Privado destacou que o ex-prefeito causou prejuízo às finanças públicas ao permitir que o ex-vereador José Agostinho de Souza se beneficiasse de maneira ilícita, recebendo vantagens econômicas indevidas custeadas pelo erário público.

Lindberg Farias e José Agostinho foram condenados a pagar uma multa civil de R$ 640 mil cada um, devolver os valores recebidos pela prefeitura e tiveram seus direitos políticos suspensos por cinco anos.

A denúncia do Ministério Público apontou que, entre janeiro de 2005 e abril de 2007, Lindberg nomeou dez familiares de José Agostinho para cargos comissionados em secretarias municipais. Esses familiares atuavam de forma privada em um centro social pertencente ao ex-vereador, embora fossem remunerados como funcionários públicos.

Em contrapartida, José Agostinho é acusado de desistir de abrir uma comissão parlamentar de inquérito contra Lindbergh, que havia sido solicitada à casa legislativa. O ex-vereador também apoiou o então prefeito na captação de eleitores. Após a derrota de José Agostinho nas eleições de 2008, todos os familiares foram exonerados de seus cargos.

A Justiça do Rio determinou que os familiares devolvessem os salários recebidos indevidamente e pagassem multa civil correspondente a parte de seus vencimentos. O Tribunal reiterou a condenação, ressaltando a irregularidade das ações que resultaram em prejuízos aos cofres públicos de Nova Iguaçu.

Luiz Lindbergh Farias Filho nasceu em João Pessoa, a 8 de dezembro de 1969. Ganhou fama nacional como líder estudantil e atualmente deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em 1992, enquanto presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), tornou-se um dos principais líderes do movimento estudantil dos caras-pintadas contra o então presidente Fernando Collor de Mello.

Após sair do movimento estudantil, foi eleito deputado federal por dois mandatos. Também foi eleito e reeleito prefeito do município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Em 2010, elegeu-se senador pelo Rio de Janeiro.

Em 2014, concorreu ao governo do Rio de Janeiro pelo PT ficando em quarto lugar, com dez por cento dos votos válidos. Em 2018, tentou a reeleição ao Senado mas ficou em quarto lugar e não foi eleito. E veja também: Salários da PF serão reajustados em 2024 e chegarão a R$ 41 mil. Clique AQUI para ver.


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Fonte: O Globo
Foto: Câmara dos Deputados

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