Número de mortos na Turquia e na Síria após terremoto chega a 3,7 mil

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O forte terremoto que atingiu parte do território da Turquia e o Noroeste da Síria matou mais de 3,7 mil pessoas, e o inverno gelado tornou ainda mais complicada a situação de milhares de feridos ou desabrigados, além de afetar os esforços para encontrar sobreviventes.

O tremor de magnitude 7,8 graus na escala Richter, que ocorreu antes do nascer do sol, foi o pior a atingir a Turquia neste século. O terremoto foi seguido, no início da tarde, por outro grande tremor de magnitude 7,7.
Os abalos derrubaram prédios residenciais inteiros em cidades turcas e causaram devastação também para milhões de sírios deslocados por 11 anos de guerra civil no país.

O clima gelado do inverno dificultou os esforços de busca por sobreviventes durante a noite de terça-feira (7). As temperaturas caíram quase congelando durante a noite, piorando as condições para as pessoas presas sob os escombros ou desabrigadas.

Em Kahramanmaras, ao norte de Hatay, famílias inteiras se reuniram em torno de fogueiras e se enrolaram em cobertores para se aquecer. “Mal conseguimos sair de casa”, disse Neset Guler à Reuters, amontoado em volta da fogueira com seus quatro filhos. “Nossa situação é um desastre. Estamos com fome, estamos com sede. É miserável.”

O terremoto, seguido por uma série de tremores secundários, foi o maior registrado em todo o mundo pelo Serviço Geológico dos EUA desde um tremor no remoto Atlântico Sul em agosto de 2021.

Na Turquia, o número de mortos foi de 2.316, disse a Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD), tornando-se o terremoto mais mortal do país desde um terremoto de magnitude semelhante em 1999, que matou mais de 17.000.

Mais de 13.000 ficaram feridos no terremoto de ontem (6) na Turquia, enquanto na Síria pelo menos 1.444 pessoas foram mortas e cerca de 3.500 ficaram feridas, segundo dados do governo de Damasco e equipes de resgate na região noroeste controlada por insurgentes.

Conexões de internet precárias e estradas danificadas entre algumas das cidades mais atingidas no sul da Turquia, onde vivem milhões de pessoas, dificultaram os esforços para avaliar e lidar com o impacto.


Fonte: Reuters
Foto: reprodução vídeo


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