O presidente recém-nomeado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta terça-feira (6) que os valores desviados de aposentados e pensionistas, vítimas de descontos indevidos, serão restituídos diretamente na conta onde o benefício é depositado. Ele rechaçou o uso de transferências via Pix ou qualquer outro tipo de depósito bancário.
“Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de Pix, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”, garantiu Waller Júnior. Atenção: o INSS não cobra por ‘consulta’ de valores, por ‘adiantamento’ de valores. Busque sempre canais oficiais para tratar de ressarcimento.
Segundo ele, os valores de ressarcimento serão incluídos juntamente com os pagamentos regulares do INSS, em uma folha extra. A medida, diz, tem como objetivo simplificar o processo e evitar que os segurados enfrentem novos transtornos.
Diante do aumento de fraudes e tentativas de golpe, o presidente do INSS alertou a população para que evite interações com links suspeitos ou promessas de facilitação. “Não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade”, alertou em entrevista concedida à rádio CBN.
A série de irregularidades ficou conhecida como “Farra no INSS” e veio à tona após uma investigação jornalística publicada pelo portal Metrópoles, que começou em dezembro de 2023.
Waller reafirmou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de facilitar a devolução dos valores aos prejudicados. Ele destacou que o processo precisa ser acessível e não pode gerar mais burocracia. “Tem que ser algo que não demande a ele novos trabalhos, não demande enfrentar uma fila”, pontuou.
Na segunda-feira (5), ele já havia mencionado que a principal estratégia para financiar os ressarcimentos será utilizar os bens apreendidos de envolvidos no esquema fraudulento.
“Prioritariamente vamos buscar de quem enriqueceu. Depois, caso o dinheiro não for suficiente, vamos buscar outras fontes para cobrir essa situação encontrada”, disse em entrevista à GloboNews.
O uso de recursos do Tesouro Nacional também não está descartado, caso as apreensões não cubram o prejuízo. “Não dá para garantir [que Tesouro ficará de fora]”, completou Waller, ao comentar sobre o reembolso a todos os segurados prejudicados entre 2019 e 2024, período investigado pela Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). E mais: Relator defende suspender mandato de deputado do PL por fala sobre Gleisi Hoffmann. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)
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