O novo presidente de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, mandou para reserva 52 generais (24 da Polícia Nacional, 16 do Exército, 6 da Marinha e 6 da Aeronáutica) nessa segunda-feira (15). As informações são do jornalista Claudio Dantas, editor do site O Antagonista, divulgadas hoje (16), no portal.
“O presidente colombiano justifica seus atos na busca por uma “mesa de diálogo” com os grupos criminosos ainda ativos, caso do Clã do Golfo, espécie de PCC colombiano”, diz a reportagem. Segundo o presidente colombiano, a medida se fez necessária para buscar o que ele chama de “paz total”.
A reportagem também informa que a nova política de segurança inclui “o fim das operações antidrogas e do serviço militar obrigatório, além do desmonte do aparato de inteligência e da transferência da polícia do Ministério da Defesa para a pasta da Justiça, com a desmilitarização de seus efetivos”.
Paralelamente, diz Claudio Dantas, “senadores que integraram as Farc também apresentaram recentemente um projeto para a criação de “guardas camponesas”, modelo apoiado por Petro e que lembra a Milícia Nacional Bolivariana, criada por Hugo Chávez”.
Para obter a “paz total”, Petro também pretenderia, com apoio do Congresso, uma política radical de legalização das drogas. “Primeiro, a maconha, cujo plantio ele compara aos cultivos de milho e batata. A possível legalização da cocaína, num segundo momento, é o dado que mais preocupa”, aponta Claudio Dantas.
A Colômbia é o maior produtor mundial da droga, despejada nos EUA e na Europa, mas também no Brasil. “Qualquer decisão do governo colombiano sobre o tema impactará a todos. Autoridades de ambos os lados da fronteira, que há muito atuam em parceria no combate ao tráfico de drogas e armas, estão em alerta máximo”, apontou.