Os ministros das Finanças dos 27 países que compõem a União Europeia aprovaram nesta terça-feira (8) a entrada de um novo membro na Zona do Euro, que passará a adotar a moeda comum do bloco a partir de 1º de janeiro de 2026.
A decisão marca mais um passo no processo de unificação monetária da Europa e foi descrita como “histórica” pelas autoridades envolvidas.
O país em questão é a Bulgária, localizado na região dos Bálcãs e considerado o mais pobre entre os integrantes da UE. Com a mudança, o país abandonará sua moeda atual, o lev, tornando-se o 21º integrante da Zona do Euro.
“É um dia histórico para a Bulgária”, declarou a ministra das Finanças, Temenuzhka Petkova, durante o anúncio feito em Bruxelas. Para ela, a adoção do Euro representa a conquista de um objetivo estratégico de longo prazo.
Já o comissário europeu Valdis Dombrovskis avaliou que a ampliação da área do Euro fortalece o bloco: “É um bom dia para a Zona do Euro como um todo”.
Embora a decisão do Conselho tenha sido em grande parte simbólica — já que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu haviam confirmado anteriormente que o país preenchia todos os requisitos —, o processo ainda enfrenta resistência dentro da própria Bulgária.
Nas últimas semanas, protestos tomaram as ruas da capital, Sófia, com manifestantes carregando faixas contra a nova moeda. Parte deles chegou a acampar em frente à sede do Banco Central local. O principal temor é que a mudança traga aumento nos preços e prejudique o poder de compra da população, alimentando críticas de grupos eurocéticos.
Pesquisas recentes revelam que cerca de 50% dos búlgaros são contrários à adoção da moeda única. Apesar disso, defensores da medida apontam que o ingresso no Euro reforçará o vínculo geopolítico do país com o Ocidente e ajudará a afastá-lo da influência russa.
A Bulgária é membro da UE desde 2007 e já havia sinalizado o desejo de ingressar na união monetária anos atrás. No entanto, obstáculos como a alta inflação e uma prolongada instabilidade política adiaram esse processo.
O Euro foi introduzido em 1999 para transações eletrônicas e passou a circular fisicamente em 2002, substituindo as moedas nacionais de países como Alemanha, França, Itália e Espanha.
Desde então, outras oito nações se integraram à Zona do Euro, sendo a Croácia, em 2023, a última a aderir. Embora todos os países-membros da UE estejam, em teoria, comprometidos a adotar a moeda quando atenderem aos critérios exigidos, apenas a Dinamarca possui uma isenção formal, garantida por referendo em 2000. (Foto: PixaBay; Fonte: Terra)
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