De hoje (9) a sexta-feira (13), o modelo brasileiro de concessões e o balanço da carteira de projetos do Governo Federal serão apresentados pela delegação brasileira comandada pelo novo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, a bancos e fundos de investimentos em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. O titular da pasta estará na cidade americana para uma série de encontros com o objetivo de atrair mais investimentos privados para o setor.
Por meio de reuniões individuais e de conferências com diversos representantes do setor, a delegação brasileira vai se reunir com cerca de 30 grupos diferentes. Entre os interlocutores estão os fundos de investimentos da Austrália, França, (FRA), Emirados Árabes Unidos), Estados Unidos e da América Latina. Instituições bancárias de atuação mundial e corretoras de valores como UBS, Itaú BBA, Bank of Amercia, XP Investimentos também integram a extensa lista de investidores.
O maior programa de concessões será alvo das atenções de investidores globais. Entre hoje (9) e sexta (13), a delegação brasileira liderada pelo ministro Marcelo Sampaio apresentará portfólio 2022, com previsão de conceder 44 ativos e garantir R$ 110 bi em investimentos privados. pic.twitter.com/sqZAs6ilwN
— Ministério da Infraestrutura (@MInfraestrutura) May 9, 2022
O roadshow sobre o maior programa de concessões do mundo será uma oportunidade para impulsionar o processo de modernização multimodal que ocorre na infraestrutura de transportes do Brasil desde o início da gestão. Por cinco dias, Sampaio trará um panorama de ações que dão continuidade a uma série de projetos norteados por diretrizes que envolvem menos burocracia para novos investimentos, avanços importantes nas fontes de financiamento, nova modelagem nos contratos e práticas sustentáveis.
Desde 2019, foram leiloados 83 ativos e contratados aproximadamente R$ 100 bilhões em investimentos privados para os quatro modais de transportes, que devem gerar cerca de 1,5 milhão de empregos no decorrer dos contratos. Foram 34 aeroportos, 34 terminais portuários arrendados, seis ferrovias – duas concessões novas, um investimento cruzado e três renovações antecipadas – e seis rodovias. Para 2022, estão previstos R$ 110 bilhões em investimentos contratados e o leilão de 44 ativos.
Leilões
Entre os destaques para 2022, está a sétima rodada de leilões de aviação, com a concessão de 15 aeroportos, incluindo o de Congonhas (SP), que conta com um dos maiores fluxos de passageiros do Brasil. O aeródromo faz parte de um dos três blocos que formam a rodada. Além dele, integram o grupo os aeroportos de Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG). O investimento previsto é de R$ 5,8 bilhões.
Os outros dois blocos da rodada são o de Aviação Geral, integrado pelos aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), com previsão de investimento de R$ 560 milhões; e Norte II, formado pelos terminais aéreos de Bélem (PA) e Macapá (AP), com R$ 875 milhões em investimentos previstos.
No setor portuário, um dos que mais se modernizou e cresceu nos últimos anos, o principal projeto para este ano é a desestatização do Porto de Santos (SP), que seguirá o modelo da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), primeira desestatização portuária realizada no Brasil, finalizada em março.
A iniciativa garantiu mais de R$ 335 milhões em investimentos privados durante a duração do contrato. Para 2022, estão previstos os arrendamentos de 19 terminais portuários e do Canal de Paranaguá (PR) e as desestatizações dos portos de São Sebastião (SP) e Itajaí (SC). Desde o início da gestão, já foram realizados 37 arrendamentos portuários, que garantiram R$ 6,1 bilhões em investimentos.
Com leilão marcado para 20 de maio, o projeto rodoviário da BR-116/493/465/RJ/MG, entre a cidade do Rio de Janeiro e Governador Valadares (MG), será um dos destaques do setor. Ainda estão previstos para este ano os projetos das BR-040/495/MG/RJ, principal ligação rodoviária entre Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG), e do anel de integração do Paraná, com mais de R$ 44 bilhões em investimentos. No total, as concessões têm investimento previsto de mais de R$ 80 bilhões.
No setor ferroviário, e a renovação antecipada de contrato da FCA e da MRS, totalizando cerca de 10 mil quilômetros de malha ferroviária e com investimento na ordem de R$ 55,7 bilhões. Todos os projetos atendem à necessidade global e de mercado em combinar financiamento e a preservação do meio ambiente.
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