Nono juiz da Lava Jato (aquele da senha ‘LUL22’) é afastado pelo TRF4

direitaonline



O Tribunal Regional da 4a Região (TRF-4) afastou, ontem (22) à noite, preventivamente, o juiz Eduardo Appio do comando da 13ª Vara Federal no Paraná, que tem jurisdição sobre os processos da Lava Jato. Por coincidência, ontem à tarde, Apiio confessou, em entrevista à Globo News, que tinha de fato utilizado uma senha ‘LUL22’ em protesto contra a prisão do petista.

Segundo informações da imprensa, ele é considerado suspeito de ter feito uma ligação anônima, com suposta ameaça, ao advogado João Malucelli, filho do desembargador Marcelo Malucelli, que anulou decisão de Appio sobre revogação da prisão do doleiro Rodrigo Tacla Duran.

João Eduardo Malucelli gravou um vídeo do momento em que recebeu a chamada, que classificou como de tom ameaçador. João é sócio de Sergio Moro, senador e ex-juiz da Lava Jato. Depois fez um boletim de ocorrência que acabou gerando uma investigação.

A análise de peritos da Polícia Federal, porém, “corrobora fortemente a hipótese” de que a voz era do juiz federal Eduardo Appio, crítico de Moro. Veja abaixo a gravação que embasou o afastamento.

A análise de peritos não foi o único elemento usado para afastar Appio das funções no tribunal. “Sobre acesso a número de telefone que foi utilizado em ameaça a desembargador federal, a partir de publicação de print de tela do eproc com dados sensíveis do advogado, apurou-se que o juiz federal Eduardo Fernando Appio acessou o referido processo judicial duas vezes em 13/04/2023, em horário muito próximo àquele da ligação telefônica suspeita.” A informação consta do voto do corregedor regional da Justiça Federal da 4ª Região, Cândido Alfredo Silva Leal Júnior. Assista abaixo!

 


Fontes: Jovem Pan; Metrópoles
Foto: reprodução Globo News

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Operação Lesa Pátria: PF cumpre mandado de prisão em operação sobre atos de ‘8 Janeiro’

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (22), a 12ª fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os praticados contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Nesta fase, o objetivo é identificar pessoas que ‘participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os atos, que resultaram em “violência […]