O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou a eleição de Hugo Motta (Republicanos) para a presidência da Câmara dos Deputados, avaliando o cenário político e a relação da oposição com o novo comando da Casa. Além disso, abordou temas como a anistia aos presos do 8 de janeiro, uma proposta para reduzir a idade mínima para disputar eleições ao Senado e suas críticas ao governo Lula.
Nikolas afirmou que seu voto inicial seria para Marcel Van Hattem (Novo-RS), mas que respeitou o acordo feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro com o Republicanos.
“Naturalmente, eu votaria no Marcel, um amigo, uma pessoa que tem defendido causas sérias no Brasil. Porém, acreditando no acordo que o Bolsonaro fez com o Hugo, confesso que não sei todos os trâmites desse acordo. Espero que seja o melhor para o Brasil, visto que algumas pautas como anistia e defesa das prerrogativas dos deputados estejam nessa negociação”, disse.
Críticas ao governo Lula
Ao ser questionado sobre a relação entre a base do governo e a oposição, Nikolas criticou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele prega pacificação e fala que não tem que ter moderação com os extremistas. Para ele, todo mundo que discorda do PT se torna um extremista ou divulgador de fake news. Eles não suportam a verdade”, afirmou.
O deputado também mencionou o impacto do chamado “vídeo do Pix”, que viralizou nas redes sociais. “Ultrapassou 325 milhões de visualizações, mostrando que as pessoas estão insatisfeitas. Um dia depois do 16 de janeiro, houve uma queda gigantesca na aprovação do Lula. As pessoas não estão mais caindo nessa enganação de prometer picanha e nunca entregar”, criticou.
Anistia aos presos do 8 de janeiro
Nikolas também defendeu a anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro. “Eu espero que sim. Tem que ter clima na Casa para isso. Não dá para pautar e perder. Quando as pessoas se sensibilizarem com as histórias e entenderem que não se trata de passar a mão na cabeça de criminoso, elas vão perceber que tem que ter proporcionalidade. A esquerda já cansou de fazer baderna, como os Black Blocs, e nunca tomou penas como agora”.
O deputado apontou uma suposta desigualdade de tratamento judicial. “Estamos vendo traficantes serem soltos e políticos envolvidos na Lava Jato sem punição. Enquanto isso, quem estava de verde e amarelo está sendo punido de maneira desproporcional. Isso é lamentável”, declarou.
Redução da idade mínima para o Senado
Nikolas também comentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo deputado Eros Biondini (PL-MG) para reduzir a idade mínima para disputar eleições.
“Não para a Presidência, isso fica para pessoas mais experientes como Bolsonaro. Mas para o Senado, reduzir para 30 anos seria interessante. O Senado tem sido um fiel da balança nos atritos com o STF. O ministro Alexandre de Moraes tem cometido crimes reconhecidos internacionalmente. Seria um prazer gigantesco poder trabalhar aqui dentro para pautar e votar o impeachment dele”, afirmou, revelando sua intenção de conseguir se eleger Senador e, em seguida, o presidente do Senado, em 2027.
Nikolas ressaltou que a proposta não é recente. “Não foi apresentada apenas agora. Já houve tentativas anteriores, inclusive por parlamentares da esquerda. Para ser governador, você precisa ter 30 anos. Por que não pode ser senador com essa idade? Isso é incoerente”.
Mudança na comunicação do governo Lula
O deputado ironizou a nova estratégia de comunicação do governo Lula após a chegada de Sidônio Palmeira na Secom. Ele destacou a campanha de marketing inspirada no ex-presidente dos EUA, Donald Trump. “Fazer um boné com a mesma identidade visual do Trump para defender a esquerda é ridículo. O Sidônio tem que continuar. Não demitam ele, porque está dando muito certo para nós”, ironizou.
Candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo de Minas
Nikolas também criticou a possibilidade de Rodrigo Pacheco (PSD) ser o candidato de Lula ao governo de Minas Gerais em 2026. “Ele decepcionou os mineiros. Não tem envergadura moral para apontar o dedo para ninguém. Votamos nele para tirar a Dilma, mas preferia a Dilma, pelo menos ela fazia a gente rir”, afirmou.
A entrevista evidencia a estratégia de Nikolas Ferreira em se posicionar como um dos principais nomes da oposição a Lula, reforçando suas críticas ao governo e sua defesa de pautas conservadoras dentro da Câmara dos Deputados. Assista abaixo!