O Ministério Público Eleitoral de Goiás pediu a prisão de dois empresários do estado por promoções de picanha e caminhonete com referências a Bolsonaro. O Frigorífico Goiás vendeu a “picanha mito” a R$ 22 no domingo do primeiro turno (2) e a Navesa Ciassa anunciou a Ford Ranger por R$ 222.222,22, no último dia 22.
O órgão, entretanto, acusa a Polícia Federal de Goiás de não cumprir a determinação de prender os responsáveis pelas ações promocionais. Segundo o portal O Popular, “a polícia informou que foi até os locais e que verificaram que as promoções não estavam em vigência.
Entretanto, o MPE reforça que a divulgação das ações nas redes sociais são uma propaganda eleitoral abusiva e ilegal. “Não é permitida propaganda eleitoral que implique oferecimento ou vantagem de qualquer natureza”, destacou. Por isso, solicitou que os responsáveis pelas propagandas fossem presos.
Porém, o órgão eleitoral alega que após o pedido de prisão, membros da Polícia Federal (PF) foram à sede da Procuradoria Regional Eleitoral e um servidor tentou convencê-los do contrário. “De forma emocional, ultrajante e insistente, levantou diversos argumentos para não realizar a prisão dos envolvidos”, descreveu.
Já no caso da concessionária Navesa Ciassa, a polícia alegou que a promoção havia sido apagada das redes sociais. Entretanto, o MPE alega que a informação não procede: “Por conta de tal informação, pesquisou no Instagram da empresa e, para surpresa do MPE, ficou confirmado que, ainda naquele momento, haviam postagens mencionando as propagandas 22”.
O órgão, então, pediu investigação contra os agentes da Polícia Federal. “Os fatos indicam falta funcional de um ou mais integrantes da polícia. Por essa razão, solicitou uma apuração interna, a fim de averiguar eventual infringência das normas de disciplina interna da Instituição Policial”, finalizou. Em nota, a Polícia Federal de Goiás informou que recebeu as solicitações e que iniciou uma investigação para apurar os fatos denunciados.