Silvio Santos, ícone da TV Brasileira, morre aos 93 Anos

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Neste sábado (17), o Brasil se despediu de um dos maiores ícones de sua história televisiva. Silvio Santos, empresário e apresentador, faleceu aos 93 anos. A notícia foi confirmada pelo SBT, emissora que ele fundou e comandou por décadas (veja abaixo) . Silvio estava internado em um hospital particular em São Paulo desde o início de agosto, após complicações de saúde.

Nascido Senor Abravanel, em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, Rio de Janeiro, Silvio Santos construiu uma carreira extraordinária. Filho de imigrantes judeus, desde cedo demonstrou o espírito empreendedor que o levaria a se tornar um dos maiores nomes da comunicação no Brasil. Ainda jovem, vendia canetas e capas de plástico como camelô nas ruas cariocas, enquanto, nos intervalos, fazia pequenos trabalhos como locutor de rádio.

Aos 18 anos, Silvio serviu ao Exército e, aos domingos, começou a trabalhar em uma rádio local. Em 1954, assinou seu primeiro contrato como locutor na Rádio Nacional de São Paulo. Poucos anos depois, entrou para o mundo da televisão, onde sua trajetória se consolidaria de forma definitiva.

 

Em 1963, Silvio Santos estreou o programa que levaria seu nome e que, ao longo das décadas, se tornaria uma verdadeira instituição na TV brasileira. Com quadros inovadores como “Domingo no Parque”, “Qual é a Música?”, “Show de Calouros” e “Porta da Esperança”, Silvio conquistou uma legião de fãs. Seu carisma inigualável, aliado a bordões inesquecíveis como “Quem quer dinheiro?” e “Vem pra cá, vem pra cá”, transformaram-no em um fenômeno de audiência.

A fundação do SBT em 1981 foi outro marco na vida de Silvio Santos. A emissora se tornou uma das principais do país, refletindo a visão empreendedora e o talento de seu criador. O SBT não apenas consolidou o sucesso do “Programa Silvio Santos”, mas também trouxe à luz uma série de atrações que marcaram gerações de telespectadores.

Silvio Santos também se aventurou na política. Em 1989, anunciou sua candidatura à Presidência da República, causando grande impacto na cena eleitoral. No entanto, sua candidatura foi indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pouco antes do primeiro turno.

Além de seu trabalho na televisão, Silvio também era conhecido por suas marchinhas de Carnaval, como “Coração Corintiano” e “A Pipa do Vovô”, que alcançaram sucesso entre os anos 70 e 90. Em 2001, foi homenageado no Carnaval do Rio de Janeiro pela escola de samba Tradição.

Silvio Santos deixa uma viúva, Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978, e seis filhas: Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, e Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata, do segundo casamento.

O falecimento de Silvio Santos marca o fim de uma era na televisão brasileira, mas seu legado, suas criações e sua inconfundível presença continuarão a influenciar e a inspirar gerações. O Brasil perde não apenas um grande comunicador, mas também um símbolo de perseverança e inovação. *Descanse em paz, Silvio.

 

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