Alexandre de Moraes visitou o presídio feminino de Brasília, nesta segunda-feira (6), onde estão mulheres detidas após os atos de ‘8 de Janeiro’. Ele estava acompanhado da Ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, e da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
Oficialmente, o motivo da visita não foi confirmado pelo STF. Entretanto, segundo veículos de imprensa como Folha de São Paulo e Metrópoles a intenção foi mesmo verificar as condições das presas por conta da invasão aos prédios dos 3 Poderes.
Há duas semanas, um grupo de parlamentares se reuniu com a presidente do STF e com o ministro para pedir a libertação dos presos que não tiveram participação na depredação da sede do tribunal, do Congresso e do Palácio do Planalto. Até o momento, dos 1,4 mil presos após os ataques, cerca de 800 continuam detidos.
Segundo reportagem do Metrópoles, “Moraes prometeu “justiça sem revanchismo” às mulheres. Ele afirmou que o Supremo está fazendo todo possível para dar o máximo de celeridade na análise dos casos, com tipificação individualizada da conduta das suspeitas e de eventuais crimes que tenham sido cometidos por elas. Ou seja, elas não serão tratadas de forma generalizada”.
Ainda segundo o mesmo veículo, Moraes teria sido bem recebido pelas presas, que reclamaram da situação precária do presídio feminino conhecido como ‘Colméia’.
A governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão (PP), que acompanhou a visita, disse à Folha que eles andaram pelas três alas do presídio e conversaram com as presas. “Foi uma visita institucional. Eles foram dar algumas informações e ver as condições das presas”, afirmou. Um representante da defensoria pública do DF também acompanhou a visita, além de assessores do governo e do STF.
Segundo o jornal paulista, “os ministros não foram hostilizados, segundo os relatos, e ouviram das presas reclamações sobre comida, que chegaria em condição ruim de consumo, e sobre a situação processual. As presas também teriam afirmado que aguardam esclarecimentos jurídicos e fizeram apelos sobre questões de saúde e que são mães de criança com comorbidades”.
Ainda de acordo com a Folha, “os ministros também planejavam visitar o Complexo Penitenciário da Papuda, onde ficam os presos homens, mas não teria dado tempo. Uma nova data deverá ser agendada”.