Moraes dá 5 dias para PGR avaliar recurso de ex-assessor do TSE

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Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) no prazo de cinco dias sobre a solicitação do perito computacional Eduardo Tagliaferro para revogar a apreensão de seu celular. A decisão de Moraes, se acatada, impediria o uso das provas eventualmente encontradas no aparelho.

A apreensão do celular ocorreu no mês passado, durante um depoimento de Tagliaferro à Polícia Federal em São Paulo. O delegado responsável pela oitiva perguntou ao advogado Eduardo Kuntz, que representa Tagliaferro, se o perito entregaria o aparelho de forma voluntária. Diante da recusa da defesa e munido do mandado de busca, o delegado acabou confiscando o telefone.

Em sua decisão, Moraes afirmou que a análise do celular é essencial para o andamento do inquérito relacionado ao vazamento de mensagens. “Não há outra diligência adequada à completa elucidação dos fatos”, destacou o ministro.



A defesa de Tagliaferro alega que a apreensão foi uma ação arbitrária, pois o perito estava sendo ouvido apenas como testemunha. A defesa pediu a devolução imediata do telefone, mas um recurso inicial foi rejeitado por Moraes, que considerou o pedido como “confuso, sem fundamentação e absolutamente impertinente”.

O caso em questão está vinculado ao ‘inquérito das fake news’, que investiga ataques e ameaças contra ministros. Moraes justificou que o “vazamento deliberado de informações” pode estar ligado a uma “ação estruturada de uma possível organização criminosa com o objetivo de desestabilizar as instituições republicanas”.



Vale destacar que o celular apreendido pela Polícia Federal não é o mesmo que estava com a Polícia Civil de São Paulo em maio de 2023, quando Tagliaferro foi preso por violência doméstica. Há suspeitas de que as conversas possam ter sido extraídas do antigo aparelho, mas ainda não está claro se Tagliaferro ou terceiros tiveram acesso e divulgaram as mensagens.

Tagliaferro nega qualquer envolvimento com o vazamento e, em entrevista ao Estadão, afirmou não ter “relação alguma” com a divulgação das mensagens. E mais: Indústria de pneus reclama de concorrência com estrangeiras; governo analisa aumentar imposto de importação. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: Pleno News)

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