Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (17) dois pedidos de acareação solicitados pelas defesas de investigados por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A primeira colocará frente a frente o general da reserva Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A segunda reunirá o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes, que comandava o Exército em 2022 e atua como testemunha no caso.
O encontro entre Braga Netto e Cid foi marcado para a próxima terça-feira (24), às 10h, na sala de audiências da Suprema Corte. Preso atualmente em uma unidade militar no Rio de Janeiro, o general terá de ser transferido a Brasília para participar da acareação.
Para isso, usará tornozeleira eletrônica durante o deslocamento, que ocorrerá um dia antes, na segunda-feira (23). Após o procedimento, ele será levado de volta ao presídio militar na capital fluminense, mantendo-se incomunicável, exceto com seu advogado.
Apesar da autorização, a defesa de Braga Netto apresentou um pedido para postergar o confronto para o dia 27 de junho, alegando indisponibilidade de um dos advogados na data agendada. Até o momento, Moraes ainda não respondeu à solicitação.
Já o encontro entre Anderson Torres e o general Freire Gomes está previsto para o mesmo dia 24, uma hora depois, às 11h.
Ambos os pedidos de acareação foram apresentados pelos próprios advogados de Braga Netto e Torres, que são acusados de integrar o chamado “núcleo central” do grupo investigado por planejar um golpe. Segundo as defesas, as diligências são necessárias para esclarecer pontos contraditórios nos depoimentos que compõem os autos.
As iniciativas ocorrem no contexto das apurações conduzidas pelo STF sobre articulações ilegais para subverter a ordem democrática após as eleições de 2022. (Foto: STF; Fonte: G1)
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