A freira que comoveu fiéis e chamou atenção do mundo ao quebrar o protocolo e se aproximar do caixão do papa Francisco durante a cerimônia na Basílica de São Pedro foi identificada como Geneviève Jeanningros, de 81 anos.
A religiosa tem longa relação de amizade com o pontífice. A irmã Geneviève foi levada para dentro do cordão de proteção pouco depois que o corpo do papa foi colocado na basílica. Ela permaneceu ali por alguns minutos, em gesto silencioso e solene, que repercutiu fortemente entre os presentes e nas redes sociais.
Segundo o texto, Geneviève nasceu na França e pertence à Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus, congregação fundada em 1939 na Argélia por irmã Madalena de Jesus, inspirada pelos ideais de Charles de Foucauld. A ordem tem como princípios “o Evangelho vivido, a pobreza total e, sobretudo, o amor”.
A reportagem internacional destaca que Geneviève vive de forma simples e próxima das periferias sociais. Ela reside em um trailer em Ostia, bairro costeiro de Roma, junto de pessoas que trabalham no parque de diversões Luna Park. Sua atuação direta com minorias é marca de sua missão religiosa.
O vínculo com o papa Francisco remonta aos primeiros anos de seu pontificado. “Depois que ele foi eleito, ela escreveu contando a história de sua tia, a missionária Léonie Duquet, que desapareceu durante a ditadura na Argentina. Desde então, eles nunca pararam de se corresponder”, relata a reportagem.
Em um dos momentos mais simbólicos dessa amizade, o papa chegou a lhe desejar feliz aniversário durante um encontro com artistas de rua. “Sim, nos queremos bem”, disse Francisco à época.
Geneviève costumava ir todas as quartas-feiras à Praça São Pedro para saudar o pontífice. Em cada visita, apresentava ao papa novos grupos de pessoas marginalizadas, ajudando a construir pontes entre realidades invisíveis e a liderança da Igreja. “Nestes mundos vemos passar pessoas de todos os tipos e o coração se abre, somos pessoas humanas, não se pode ter um julgamento restrito”, declarou a freira, conforme a reportagem.
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