Ministro de Lula vai à Venezuela para retomar importação de energia para Roraima

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vai à Venezuela na próxima semana para tentar acelerar a retomada da importação de energia elétrica da usina hidrelétrica de Guri, localizada no Rio Caroni, para o estado de Roraima.

O objetivo da visita será vistoriar a linha de transmissão que liga a usina venezuelana a Roraima e verificar a capacidade de geração da hidrelétrica.

“Queremos voltar da Venezuela com datas marcadas. Se a linha estiver segura e a produção de energia em Guri estiver dentro da normalidade, acredito que em 30 dias já vamos ter essa energia chegando em Boa Vista”, informou Silveira, após encontro com o Lula (PT), no Palácio da Alvorada, na tarde desta sexta-feira (20).

A retomada da importação de energia da Venezuela foi viabilizada por um decreto presidencial assinado em agosto.
Segundo o ministro, a importação da energia vai representar segurança energética para Roraima e a redução de R$ 10 milhões por mês para os consumidores de energia brasileiros.

“O Brasil quer modernizar o seu sistema energético, se integrando com países vizinhos, a fim que possamos garantir segurança de suprimento com a maior modicidade tarifária possível”, disse Silveira.

Atualmente, o Brasil tem intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina e com o Uruguai, além do Paraguai, por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu.

Roraima e o SIN
Roraima é o único estado brasileiro que não está no ‘Sistema Interligado Nacional’, e tem seu suprimento energético feito por meio de termelétricas a óleo diesel, que é mais cara e mais poluente.

Roraima foi abastecido com a energia elétrica Guri (Venezuela) entre 2001 e 2019, mas o fornecimento foi interrompido após apagões no país vizinho.

Aldeia Xeri em território Waimiri Atroari | Fonte: Acervo ACWA

A solução foi, finalmente, a definição para a construção do Linhão de Tucuruí. Os 725 km de linhas de energia devem significar o fim do isolamento elétrico e dos constantes blecautes.

O início da obra foi foco de um impasse por 11 anos, já que 122 km de torres vão atravessar a reserva Waimiri Atroari.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) licitou a obra em 2011. O consórcio TransNorte -formado pelas empresas Alupar e Eletronorte, investiu R$ 300 milhões no empreendimento, que deveria ter sido entregue em dezembro de 2015. Mas, as obras sequer começaram.

Como o linhão passa pelo território indígena, as empresas não tinham autorização para entrar nas terras do povo Waimiri-Atroari.

Em dezembro de 2015, o Ibama emitiu Licença Prévia para o empreendimento, mas o problema esbarrou na Licença de Instalação. Era necessário que a Funai (Fundação Nacional do Índio) se manifeste sobre a passagem da obra pela região.

A solução chegou em 2022, quando a ‘Associação Indígena Waimiri Atroari’ (ACWA) informou na tarde desta quarta-feira (4) que aceitou a proposta do governo Bolsonaro sobre a compensação ambiental para que seja feito o Linhão de Tucuruí.

A ACWA não divulgou o valor que os indígenas receberam de compensação. O governo do estado, que acompanhou em Brasília as tratativas para que houvesse o acordo, informou que foram destinados R$ 133 milhões aos indígenas – R$ 90 milhões do governo federal e R$ 43 milhões da TNE. Agora, no novo prazo para, finalmente, Roraima estar interligado ao SIN é de mais um ano. Clique AQUI para baixar uma apresentação em Power Point completa o Governo Bolsonaro sobre a situação energética de Roraima.

E veja também: Coordenadora do MBL tem casa pichada após apoio a Israel. Clique AQUI para ver.


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Fonte: Agência Brasil; G1; Poder360
Foto: Agência Brasil

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