Ministro da Defesa de Lula conversou com Moraes sobre indicação ao Exército

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Indicado de Lula (PT) para o Ministério da Defesa, José Múcio Monteiro afirmou ontem (9) que conversou com Morais para “explicar” sua a escolha para os comandantes para as Forças Armadas.

Isso porque o general Júlio César Arruda, escolhido para comandar o Exército é visto como “bolsonarista” pelo equipe petista. Segundo Múcio, após as “ressalvas” apresentadas contra Arruda serem esclarecidas, ele foi até Moraes para explicar como se deu a definição do futuro comandante da Força.

“Eu fui ao Alexandre dizer que me responsabilizava pela minha escolha —e tenho absoluta certeza que fiz o certo. Ele [Arruda] é uma pessoa comprometida com o Exército, oficial da Arma de Engenharia, respeitado por todos”, disse ele em entrevista à GloboNews.

Na verdade, o general Julio César não foi bem uma escolha de Múcio, que apenas seguiu o critério de antiguidade para definir os comandantes das três Forças Armadas. Lula e seu Ministro da Defesa resolveram não interferir nesse modelo de gestão militar para não se indisporem com as Forças brasileiras.

Saída dos quarteis
Ainda em entrevista ao canal de notícias da Globo, Múcio cobrou o presidente Bolsonaro para desmobilizar os brasileiros que protestam em frente aos quarteis pelo Brasil.

“Você imagine um comandante de batalhão, com cem pessoas enrolados na bandeira em sua frente. Qual é o fim disso? Eu, por exemplo, respeito demais o presidente [Bolsonaro], mas ele poderia dizer: guardem as bandeiras, nós nos reencontraremos em 2026. [Esta seria] uma atitude democrática”, disse.

“Essas pessoas estão aguardando o quê? Eu respeito, tenho um monte de parente que está lá, enrolado em bandeira. Com que intuito? Estimular um golpe? Acho uma coisa extremamente perigosa para o país”, completou.

“Golpismo”
O futuro Ministro da Defesa diz que conversou com generais da ativa e da reserva e que as Forças Armadas já demonstraram não apoiar “nenhum movimento” golpista contra a democracia.

Além disso, afirma que o objetivo é despolitizar as tropas, apesar de revelar que dentro delas há preferências políticas dos dois lados. “Evidentemente, precisamos colocar as coisas em seu devido lugar. As Forças Armadas são instituições do Estado brasileiro, não de quem está comandando o estado brasileiro.”

Conversa com Bolsonaro e “conselho”
Disse que conversou com Bolsonaro pelo menos duas vezes após o segundo turno e que Bolsonaro é “homem abatido, resignado talvez, mas não conformado”.

“Eu tentei animá-lo. Você entrou aqui com uma facada, está saindo com metade do país. Qualquer governo vai depender ou precisar da sua anuência, seu estímulo à democracia. Você tem um patrimônio que ninguém tem. Poderá ser em 2026 o que o presidente [Lula foi agora]”, completou. Também quer falar novamente com o atual presidente, desde que com a “anuência” de Lula.

Quem é?
José Múcio Monteiro Filho nasceu em Recife, em 25 de setembro de 1948. Ao contrário do atual Ministro da Defesa, que é militar, Múcio é um engenheiro civil e político. chegou pela primeira vez à Câmara dos Deputados em 1991, onde ficou até 2007. Ele deixou o cargo para tornar-se ministro de Relações Institucionais do governo Lula, postou que ocupou entre novembro de 2007 e setembro de 2009, sendo o responsável pela articulação política do governo. Depois, foi presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) nomeado também por Lula.

Por Pernambuco, foi deputado federal por cinco mandatos e secretário dos Transportes no governo Roberto Magalhães, além de prefeito de Rio Formoso e secretário de Planejamento da capital Recife durante o mandato de Roberto Magalhães. E veja também: Moraes manda apreender quase 200 caminhões. Clique AQUI para ver.


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Fontes: Folha de S.P; Correio Brasiliense
Imagem: divulgação TCU

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