Javier Milei apresentou seu novo livro esta quarta-feira à noite no Luna Park, em evento em que ainda fez uma apresentação musical ao vivo. Com os ingressos esgotados e o estádio lotado, houve um desfile de personalidades que acompanhou o evento com cantos contra Cristina Kirchner e Pedro Sánchez.
Quase duas horas depois do previsto, Javier Milei subiu ao palco do Luna Park. O Presidente só saiu às 11 da noite depois de cantar, defender a teoria libertária, atacando “os malditos comunistas”.
Vestindo um sobretudo preto, Milei deixou o paloc e, rodeado pelos seus guardas, misturou-se à multidão que o esperava – entre 5 e 6 mil espectadores – que começava a entrar lentamente no mítico estádio de Buenos Aires.
Acima do palco montado, a banda formada pelo deputado argentino Bertie Benegas Lynch na bateria já havia tocado duas músicas; seu irmão Joaquín na guitarra e Marcelo Duclos, biógrafo do chefe de estado, no baixo. “Liberdade, liberdade!”, voltou Milei antes de cantar novamente o ‘Show do Pânico’ de ‘La Renga’. Veja abaixo.
El show de Milei en el Luna Park: ovación de sus seguidores y un clásico de La Renga.
📲 Seguí la transmisión en vivo: https://t.co/9mDIgT2Ajj pic.twitter.com/P5s7fb1fLe
— Clarín (@clarincom) May 23, 2024
Depois do show, o presidente agradeceu a todos pelo evento que descreveu como “a celebração da liberdade”, a todos os ministros e especialmente à sua irmã Karina “a chefe” responsável pela organização do evento cujo motivo foi a apresentação do seu novo livro ‘Capitalismo, Socialismo e a Armadilha Neoclássica’ (Editorial Planeta), que originalmente pretendia apresentar na Feira do Livro. “Obrigado, kirchneristas”, dedicou ele às autoridades da Fundação El Libro depois de abortar essa opção em meio a acusações cruzadas.
Milei piscou para o público que pediu a prisão de Cristina Kirchner. “Eu os acompanharia com as músicas, mas vão me acusar de violar a independência dos poderes e já tenho muitos problemas”, disse, rindo. Fez o mesmo quando foram ouvidos insultos ao primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez. “A chanceler (Diana) Mondino vai me pedir horas extras”, ironizou.
O presidente dedicou mais de 60 minutos para destrinchar seu livro, que inclui uma seção de discursos políticos (incluindo o de 1º de março diante do Congresso) e uma série dos debates da teoria econômica. “O mercado é um processo de cooperação social em que os direitos de propriedade são trocados voluntariamente. Se existe propriedade privada não há Estado (…) Não há falhas de mercado. Se o Estado existe, o problema são os políticos”, disse.
O presidente pediu menos divisões teóricas devido a nuances entre os liberais. “Não vamos entrar no purismo, porque senão os esquerdistas vão nos comer”, disse ele.
Houve vaias a Karl Marx, insultos a Keynes e aplausos a Adam Smith e aos líderes da escola austríaca e aos libertários americanos. E mais: ‘8 de Janeiro’: Polícia Federal cumpre 20 mandados em 5 estados. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: El Clarín)