A Microsoft comunicou nessa quarta-feira (2) que realizará a demissão de aproximadamente 4% de seu quadro de funcionários em todo o mundo — o que representa cerca de 9 mil trabalhadores. A informação foi divulgada por agências internacionais como AFP e Bloomberg.
O novo corte ocorre apenas dois meses depois de outra rodada de demissões, quando a empresa desligou cerca de 6 mil colaboradores, em maio. Até o momento, não há confirmação se os escritórios brasileiros da companhia serão atingidos por essa medida.
Em nota, um porta-voz da gigante de tecnologia afirmou: “Continuamos implementando as mudanças organizacionais necessárias para melhor posicionar a empresa e suas equipes para o sucesso em um mercado dinâmico”.
Segundo a Bloomberg, a medida impactará diversos setores, regiões e turnos de trabalho. A área de games, especialmente a divisão Xbox, está entre as mais afetadas — centenas de empregados foram desligados, e projetos em andamento, como o jogo “Everwild”, acabaram cancelados.
Na King, estúdio responsável por “Candy Crush”, cerca de 200 profissionais perderam o emprego, o que representa aproximadamente 10% da equipe com base em Estocolmo. Escritórios europeus, como o da ZeniMax, também passaram por cortes, e o estúdio The Initiative, envolvido no desenvolvimento do jogo “Perfect Dark”, foi encerrado.
Em mensagem enviada aos funcionários, Matt Booty, líder do Xbox Game Studios, destacou que as mudanças refletem “um esforço amplo para ajustar prioridades e centralizar recursos para construir nossas equipes para um maior sucesso em uma indústria em transformação”.
Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, também comentou internamente sobre o movimento, afirmando que a reestruturação segue a estratégia da empresa de “remover camadas de gerência para aumentar a agilidade e a eficiência”.
Esta é a segunda grande leva de demissões promovida pela Microsoft em 2025, e a quarta desde o início de 2024. A divisão de games, que contava com cerca de 20 mil colaboradores em janeiro deste ano, vem sendo pressionada a entregar melhores resultados financeiros após a compra da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões, concretizada em outubro de 2023. (Foto: PixaBay; Fonte: Folha de SP)
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