A defesa do tenente-coronel Mauro Cid encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua resposta preliminar na ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
No documento, os advogados pedem a absolvição sumária de Cid e apresentaram uma lista de nove testemunhas, todas ligadas ao Exército. Entre elas estão os generais Marco Antônio Freire Gomes e Júlio Cesar de Arruda, ex-comandantes da Força.
No mês passado, a Primeira Turma do STF acolheu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis acusados, tornando-os réus por participação na suposta trama golpista.
A defesa sustenta que Cid apenas exercia suas atribuições como ajudante de ordens de Bolsonaro, sem envolvimento em qualquer tentativa de ruptura institucional. Por isso, pede que ele seja absolvido ainda nesta fase do processo.
Caso o pedido seja rejeitado, os advogados pedem que as testemunhas indicadas sejam ouvidas. Entre elas está o general Júlio Cesar de Arruda, primeiro comandante do Exército na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
Arruda foi exonerado em janeiro de 2023, após apenas 21 dias no cargo, em meio a divergências envolvendo a nomeação de Cid para chefiar uma unidade de elite em Goiânia — decisão que acabou sendo revertida pelo atual comandante, general Tomás Paiva.
Mesmo tendo firmado um acordo de delação premiada, Mauro Cid foi denunciado pela PGR. O acordo pode garantir benefícios em uma eventual condenação, mas os termos serão avaliados apenas ao final da ação penal. E mais: Sebastião Coelho deixa defesa de Filipe G. Martins em caso de ‘golpe’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: O Globo)
