Mario Vargas Lhosa apoiou Bolsonaro e disse que jamais votaria em Lula

direitaonline

Faleceu neste domingo (13), aos 89 anos, o renomado escritor peruano Mario Vargas Llosa, um dos nomes mais influentes da literatura em língua espanhola. Reconhecido mundialmente por sua produção literária e por ter conquistado o Prêmio Nobel de Literatura em 2010, Vargas Llosa também era conhecido por suas contundentes opiniões políticas e sua postura crítica em relação à esquerda da América Latina.

Ao longo das últimas décadas, Vargas Llosa manteve um discurso firme contra o que considerava autoritarismo e corrupção nos governos progressistas da região. Em uma entrevista à Folha de S.Paulo, em 2022, ele declarou abertamente sua oposição à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras. “Ele está muito associado à corrupção”, disse o autor à época.

Apesar das ressalvas em relação a Jair Bolsonaro, o então presidente do Brasil, o escritor considerava Lula uma ameaça maior. “(Bolsonaro) tem uma certa vocação pela palhaçada, não?” No entanto, Vargas Llosa foi categórico: “Realmente jamais votaria em Lula”.

Em seu olhar sobre a política regional, o peruano responsabilizava o petista por influências negativas além das fronteiras brasileiras. Segundo ele, Lula teria utilizado sua posição para “corromper governantes latino-americanos”, mencionando especificamente os impactos no Peru. “Todos os presidentes peruanos com processos na Justiça foram, em grande parte, vítimas da influência de Lula”, disse.



Essas declarações se referem aos desdobramentos da delação premiada da construtora Odebrecht, que revelou um esquema de propinas em diversos países latino-americanos, incluindo o Peru, supostamente em benefício de contratos superfaturados e favorecimentos políticos. Embora Lula tenha sido citado, não foi formalmente acusado nesse caso.

Em outro momento, durante uma palestra em Montevidéu em 2022, Vargas Llosa voltou a fazer duras críticas ao petista. Relembrou que Lula chegou a ser condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro, afirmando que, mesmo com o entusiasmo de muitos europeus por sua figura, “não se pode ignorar que foi considerado um ladrão pela Justiça”.

Ainda assim, seu apoio a Bolsonaro era cauteloso. “Ele não é um candidato que desperte entusiasmo”, disse. O ponto mais sensível para Vargas Llosa era a postura do presidente brasileiro durante a pandemia. “É um absurdo confrontar as vacinas da forma como ele fez”, afirmou.

Com uma trajetória marcada pela defesa do liberalismo político e econômico, Mario Vargas Llosa deixa um legado que transcende a literatura. Sua voz, muitas vezes polêmica, refletia a complexidade da América Latina contemporânea e provocava debates intensos sobre os rumos da política na região. E mais: Malafaia acusa Globo de fazer propaganda contra Anistia. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Oeste)

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Pagamento do abono salarial PIS/Pasep começa nesta terça (15)

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil iniciam nesta terça-feira (15) o pagamento do abono salarial PIS/Pasep para trabalhadores nascidos nos meses de março e abril. O valor varia entre R$ 127 e R$ 1.518, dependendo do número de meses trabalhados com carteira assinada durante o ano-base de […]