A justificativa de Marina Silva para desmatamento recorde em fevereiro: “Revanche”

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou sua justificativa, nessa segunda-feira (27), na tentativa de explicar o aumento recorde de desmatamento na Amazônia no mês de fevereiro.

Marina deu a declaração ao ser questionada sobre o fato de os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) terem apontado 209 km² de desmatamento na Amazônia até 17 de fevereiro, recorde para o período.

“Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos seguir trabalhando, este é nosso objetivo. Não somos como o governo anterior, os dados são transparentes”, afirmou a ministra.

“Neste momento, estamos identificando que tem uma ação criminosa, mesmo no período chuvoso, adiantando o desmatamento. E estamos nos preparando para fazer o enfrentamento”, acrescentou.

 

Alertas
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal bateram recorde para ao mês de fevereiro. As informações são do G1. Os dados, divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que 209 km² foram desmatados até o dia 17 de fevereiro – a maior marca para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2015.

Ainda de acordo com a reportagem, para o segundo mês do ano, os alertas de desmatamento para fevereiro desde 2016, são:
2016: 115 alertas
2017: 101 alertas
2018: 146 alertas
2019: 138 alertas
2020: 186 alertas
2021: 123 alertas
2022: 199 alertas
2023 (até dia 17): 209 alertas

Os alertas são feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²) – tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (por exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).

Nove estados compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. No total, a área abrange 772 municípios. Até a conclusão da reportagem, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, não havia comentado o fato.


Fonte: G1
Foto: Agência Brasil

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