O surfista brasileiro de ondas gigantes Márcio Freire, de 47 anos, morreu nesta quinta-feira (5) ao cair de um dos paredões de água da praia do Norte, em Nazaré (Portugal). A morte foi confirmada pela Autoridade Marítima Nacional de Portugal. Segundo nota oficial da entidade, os Bombeiros Voluntários de Nazaré receberam um alerta às 16h20 (horário local) para um acidente com um surfista.
Márcio foi retirado da água com ajuda de nadadores em um jet-sky, mas já chegou na areia com parada cardiorrespiratória. Foram feitas manobras de ressuscitação a chegada dos Bombeiros Voluntários de Nazaré e socorristas do Instituto Nacional de Emergência Médica (Inem), que seguiram tentando reanimar o brasileiro. No entanto, “após várias tentativas não foi possível reverter a situação”.
Thiago Jacaré, também especialista em ondas grandes e contemporâneo de Márcio, lamentou a morte do amigo nas redes sociais.
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Considerado uma lenda no surfe de ondas gigantes, o baiano Márcio Freire rodou o mundo através do esporte – praticado por amor, longe dos circuitos profissionais. Em 1998, aos 23 anos de idade, desembarcou em Maui, no Havaí. Foi um dos primeiros a se desafiar em Jaws na remada. Atualmente, o surfistas vão ao local amparados por aparelhos de segurança como colete salva-vidas, equipe de resgate e jet ski.
Em 2017, o pioneirismo de Márcio Freire foi retratado no documentário Mad Dogs – gíria havaina cuja tradução livre é “Cachorros Loucos” – dirigido por Roberto Studart. A obra conta a história de Márcio e de outros dois baianos – Danilo Couto e Yuri Soledade – que surfaram a Jaws na fé e na coragem, quando na época já era costume auxiliares em jet-sky puxarem os surfistas até a formação da onda. Além disso, era comum o uso de equipamentos de equipamentos de segurança (coletes salva-vidas).
É a primeira morte de uma pessoa surfando no local. Veterano era conhecido como um dos “Mad Dogs”, apelido que compartilhava com os conterrâneos da Bahia, Danilo Couto e Yuri Soledade.