Manuela D’Ávila se declara “sem partido” após 25 anos de filiação ao PCdoB

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Durante um debate realizado na última quarta-feira, promovido pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), a ex-deputada federal Manuela D’Ávila afirmou que, após 25 anos de filiação ao PCdoB, agora se considera uma “mulher sem partido”.

Segundo Manuela, essa condição não é fruto de uma escolha pessoal, mas da ausência de alternativas viáveis na atual conjuntura política. “Não sou uma mulher sem partido por opção, sou por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir”, declarou a ex-parlamentar, destacando que essa reflexão é tanto pessoal quanto compartilhada por aqueles que militam ao seu lado. “Hoje sou uma mulher sem partido, por isso posso criticar todos eles”, acrescentou.



Manuela, que atuou como vereadora, deputada federal e estadual pelo PCdoB, além de ter sido candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad em 2018, respondeu a questionamentos sobre a possibilidade de fundar um novo partido de esquerda durante o evento.

Ela também analisou a crise enfrentada pelas legendas de esquerda nos últimos anos e a dificuldade de posicionamento diante do ‘bolsonarismo’. Ao longo de sua fala, criticou o receio de certos setores em debater com sinceridade. “O mínimo é o direito de debater com franqueza. Sinto certa obstrução. Cada vez que a gente abre uma mesa sobre como avançar na esquerda, a gente escuta: ‘Opa, estão ajudando o Bolsonaro’. Eu não tô”, afirmou. Veja abaixo!

Aos 43 anos, Manuela começou sua carreira política na União Nacional dos Estudantes (UNE) e se filiou ao PCdoB nos anos 2000. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre, aos 23 anos, dando início a uma trajetória política que a levou a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2006.



Além de Manuela, o debate contou com a presença do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR), Márcia Tiburi, Jessé de Souza e Jones Manoel.



Manuela também destacou a crítica interna que enfrenta dentro da esquerda sobre a postura que deveria ser adotada em relação ao ‘bolsonarismo’. Para ela, o cenário atual requer um enfrentamento mais aberto e honesto sobre as falhas das instituições que, originalmente, deveriam ser combatidas.

“Quem nós nos tornamos nesse mundo em crise? Nos tornamos defensores de uma certa institucionalidade que nós, originalmente, deveríamos enfrentar”, concluiu Manuela durante o debate. E mais: Quase 2 milhões de MEIs e EPPs podem ser excluídas do ‘Simples’ por inadimplência Clique AQUI para ver.

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