A poucos metros do agitado centro financeiro de Manhattan, em Nova York, está escondido o maior tesouro do mundo: um cofre subterrâneo que abriga aproximadamente 507 mil barras de ouro, com valor estimado em centenas de bilhões de dólares.
Essa fortaleza pertence ao Banco da Reserva Federal de Nova York, uma das doze instituições regionais que compõem o Sistema da Reserva Federal dos Estados Unidos, e está localizada a 25 metros abaixo do nível da rua.
Inaugurado em 1924, o prédio do Federal Reserve Bank of New York foi construído durante a década de 1920 com a intenção de transmitir solidez e confiança em meio ao crescimento da economia americana.
Inspirado na arquitetura renascentista florentina, o edifício fica no número 33 da Liberty Street e logo se tornou símbolo da estabilidade monetária dos Estados Unidos. No subsolo, porém, guarda um dos maiores segredos financeiros do mundo.
O cofre subterrâneo foi projetado para resistir a praticamente qualquer ameaça. Escavado diretamente na rocha de Manhattan, ele é protegido por uma imensa porta de aço de aproximadamente 90 toneladas.
Para acessá-lo, é preciso atravessar um corredor estreito e passar por diversos sistemas de segurança que combinam tecnologia de ponta e protocolos rigorosos, muitos dos quais não são divulgados ao público por razões óbvias.
Ao contrário do que muitos imaginam, a maior parte do ouro armazenado ali não pertence ao governo dos Estados Unidos. A maioria das barras é de propriedade de bancos centrais e instituições financeiras de outros países, que depositam seu ouro em Nova York pela segurança, estabilidade política e confiança no sistema americano. O Federal Reserve atua apenas como custodiante, sem reivindicar a posse dos metais.
Cada uma das cerca de 507 mil barras de ouro pesa aproximadamente 12,5 quilos, seguindo o padrão conhecido como “good delivery bar”, aceito internacionalmente. Estima-se que o peso total do ouro armazenado ultrapasse 6.000 toneladas, o que faz deste cofre o maior do mundo em quantidade de barras, superando inclusive os depósitos do próprio Departamento do Tesouro dos EUA, como Fort Knox.
O sistema de armazenamento dentro do cofre é minuciosamente organizado. As barras são empilhadas em compartimentos separados de acordo com a instituição proprietária, e qualquer movimentação do ouro é feita sob a supervisão de pelo menos dois funcionários do banco, seguindo protocolos que garantem máxima segurança e rastreabilidade.
Apesar da fama de inacessível, o Banco da Reserva Federal de Nova York já ofereceu visitas guiadas ao público, permitindo que civis pudessem ver de perto, através de barreiras de vidro, parte da impressionante reserva de ouro. Atualmente, as visitas são mais restritas por questões de segurança.
O Federal Reserve Bank of New York é também uma peça-chave no sistema financeiro mundial. Além de guardar ouro, ele atua na implementação da política monetária dos Estados Unidos, supervisiona bancos, gerencia sistemas de pagamento e desempenha papel crucial em operações financeiras internacionais.
Dentro do imaginário popular, o cofre subterrâneo do Fed inspira histórias de conspirações, filmes e livros. Mas, para além da ficção, a realidade é que aquele espaço de concreto e aço representa, de forma muito concreta, o pilar da confiança econômica internacional. Em meio à instabilidade de diversas regiões do planeta, milhares de barras de ouro permanecem ali, guardadas a 25 metros abaixo de uma das cidades mais movimentadas do mundo. E mais: Trump e Zelensky têm reunião antes de funeral do Papa. Clique AQUI para ver. (Foto: Freepik)