Amigo de Lula, Macron critica expansão do Brics: “fragmentação do mundo”

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Paris, 28 de Agosto de 2023 – Apesar da boa relação com Lula, o presidente da França, Emmanuel Macron, expressou sua apreensão em relação à expansão do Brics, ressaltando que a adesão de novos membros ao bloco poderia resultar em uma “fragmentação do mundo”.

Durante uma reunião com embaixadores nesta segunda-feira, Macron abordou a crescente entrada de nações no grupo e alertou para os possíveis efeitos de uma configuração mais ampla.

Macron enfatizou que a ampliação dos Brics indica a intenção de estabelecer uma “ordem global alternativa” à atual, que Macron acredita sem vista como ‘excessivamente ocidental’ pelos membros do Brics.

Ele destacou a relevância dessa mudança de dinâmica geopolítica ao comentar sobre os riscos associados à debilitação da Europa, sinalizando sua intenção de se envolver em diálogos com todos os parceiros para tentar evitar tal cenário.

O presidente francês expressou sua inquietação em meio à expansão do grupo, liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Seu pronunciamento reflete um sentimento compartilhado por algumas das principais potências mundiais que observam com atenção a evolução do Brics.

A mais recente cúpula do Brics, ocorrida em Joanesburgo entre 22 e 24 de agosto, marcou a incorporação de novos membros ao bloco.

Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã uniram-se às nações já integrantes. Com essa adição, o grupo agora representa aproximadamente 40% do Produto Interno Bruto (PIB) global.

Do início à expansão do Brics:
O Brics é um agrupamento econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, inicialmente conhecido como BRIC até a inclusão da África do Sul em 2010.

A ideia de criar um grupo que reúne algumas das economias emergentes mais influentes do mundo surgiu em 2001, quando o economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O’Neill, cunhou o termo BRIC para se referir a esses quatro países que, segundo ele, teriam grande potencial econômico e influência global.

O primeiro encontro oficial do BRIC ocorreu em 2009, formalizando a cooperação entre Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul ingressou no grupo no ano seguinte, transformando o BRIC no Brics. Desde então, o Brics realizou cúpulas anuais para discutir questões econômicas, políticas e de cooperação.

A recente expansão do Brics com a inclusão de nações como Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã reflete o interesse de outros países em se associar a essa aliança de economias emergentes e influentes.

A expansão amplia a diversidade de perspectivas e interesses dentro do grupo, enquanto também fortalece seu peso coletivo no cenário global, abrangendo setores econômicos, políticos e sociais de diversas regiões do mundo.


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Fonte: Metrópoles
Foto: Palácio do Planalto

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