O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou apoio à ex-presidente argentina Cristina Kirchner após a Suprema Corte da Argentina manter sua condenação por fraude.
Em publicação na rede social X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (11), Lula informou que telefonou para Cristina no fim da tarde para expressar solidariedade diante da decisão judicial.
“Telefonei hoje no final da tarde para a companheira Cristina Kirchner (@CFKArgentina) e manifestei toda a minha solidariedade”, escreveu.
O presidente brasileiro também elogiou a postura da ex-mandatária ao ‘encarar’ a situação. “Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil. Notei, com satisfação, a maneira serena e determinada com que Cristina encara essa situação adversa e o quanto está determinada a seguir lutando.”
Na véspera, a Suprema Corte rejeitou o recurso apresentado pela defesa de Cristina e confirmou a sentença de 2022, que a condenou a seis anos de prisão e a proibiu de exercer cargos públicos de forma vitalícia. A decisão endossa o entendimento da Câmara Federal de Cassação Penal, que já havia declarado a ex-presidente culpada por fraudes em contratos de obras públicas.
A manifestação de Lula ocorre em meio a um histórico pessoal semelhante: ele próprio foi condenado e preso por corrupção no Brasil, passando 580 dias na cadeia até que o Supremo Tribunal Federal anulasse suas condenações, por irregularidades nos julgamentos e pela parcialidade do ex-juiz Sergio Moro.
Cristina Kirchner, de 71 anos, teve trajetória política marcada por sucessivos cargos de destaque. Foi deputada, senadora, primeira-dama durante o governo do marido Néstor Kirchner, presidente entre 2007 e 2015 e vice-presidente de 2019 a 2023, ao lado de Alberto Fernández. Ela é a única pessoa na história da Argentina a ter sido eleita para todos os principais cargos federais do país.
Mesmo após o fim do seu mandato como vice-presidente, Kirchner permanece uma das figuras centrais do peronismo e fundadora do Instituto Pátria, um centro de formulação política criado em 2016. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CNN)
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