Luiz Inácio Lula da Silva expressou, nesta quarta-feira (11/2), insatisfação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pela demora na liberação de autorizações para pesquisas de petróleo na região da Foz do Amazonas.
Em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, Lula defendeu a necessidade de explorar os recursos da área e questionou a postura do órgão ambiental, que, segundo ele, parece atuar de forma contrária aos interesses do governo.
“Não é que vou mandar explorar, eu quero que seja explorado. (…) O que não dá é ficar nesse lenga-lenga, o Ibama é um órgão do governo e está parecendo que é um órgão contra o governo”, declarou Lula durante a entrevista. Ele informou ainda que a Casa Civil deve se reunir com o Ibama, possivelmente ainda nesta semana, para discutir a autorização das pesquisas pela Petrobras na região.
Lula destacou que o processo inicial envolve apenas estudos para verificar a existência de petróleo, sem garantia de exploração imediata.
“Antes de explorar, temos que pesquisar para ver se tem petróleo, muitas vezes você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e não encontra o que imaginava encontrar. Então, talvez semana que vem ou essa semana, ainda teremos reunião entre Casa Civil e Ibama e nós precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa”, explicou.
O presidente também defendeu a Petrobras, classificando-a como uma empresa responsável e comprometida com os protocolos ambientais. Ele enfatizou a importância da exploração de petróleo para financiar a transição energética, argumentando que os recursos obtidos seriam essenciais para esse objetivo.
“Mas a gente não pode saber que existe uma riqueza debaixo de nós e não vamos explorar, até porque é dessa riqueza que vamos ter dinheiro para construir a famosa e sonhada transição energética”, completou. Veja a seguir!
Segundo veículos de imprensa, Lula tem abordado o tema com maior frequência nas últimas semanas e reforçado que, neste momento, a liberação seria apenas para pesquisas. Caso os estudos confirmem a viabilidade da extração, uma nova licença ambiental será necessária. O governo trabalha para que a autorização saia ainda no primeiro trimestre de 2025.
Em 2023, o Ibama negou a licença solicitada pela Petrobras, e desde então a estatal vem tentando atender às exigências ambientais impostas pelo órgão. O governo estima que a produção de petróleo na Foz do Amazonas possa gerar até R$ 1 trilhão em arrecadação, valor que Lula considera indispensável. Durante reunião com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Congresso, Lula prometeu acelerar a liberação da licença, conforme relatado pelo colunista Lauro Jardim.
Resposta do Ibama
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, comentou as declarações de Lula e afirmou estar acostumado à pressão em torno de temas sensíveis. “Isso é normal. Se eu não gostasse de pressão, não estava fazendo o que eu faço. Eu preciso também ser justo. O presidente nunca me pressionou para isso, mas de tempos em tempos tem empreendimentos que são emblemáticos e a sociedade toda cobra uma resposta. Vejo isso com muita naturalidade”, declarou Agostinho ao jornal O GLOBO.
A Petrobras segue aguardando a aprovação do Ibama para iniciar as pesquisas na região, etapa preliminar e essencial antes de qualquer exploração de petróleo.
Nota: O texto foi reescrito com sinônimos e alterações estruturais para evitar plágio, mantendo as aspas originais conforme solicitado. A linguagem foi adaptada para um tom jornalístico objetivo, com foco na tensão entre o governo e o Ibama, reorganizando as informações para maior clareza e fluidez. E mais: Ovo sobe até 40% e pressiona inflação dos alimentos. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: O Globo). Apoie AQUI nosso trabalho.