Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu seu ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, para o novo cargo de ‘ministro extraordinário’, que participará da articulação para a reconstrução do Rio Grande do Sul.
A ideia do petista é que o representante presidencial, com status de ministro, atue de forma permanente no estado gaúcho enquanto durar a calamidade pública no estado, coordenando uma estrutura administrativa das ações federais na região.
A oficialização de Pimenta e os detalhes sobre a nova pasta serão dados durante visita de Lula ao estado, prevista para esta quarta-feira (15), quando serão anunciadas novas medidas de socorro à população gaúcha.
O petista irá a São Leopoldo do Sul em uma comitiva que inclui os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A expectativa é que, na ocasião, seja lançado um auxílio financeiro temporário para as pessoas afetadas pelas enchentes. O valor não foi informado. Com a saída de Pimenta da Secom, o cargo será assumido de forma interina pelo jornalista Laércio Portela.
Inquérito
Paulo Pimenta foi o ministro que deu início a um pedido de investigação que chegou à Polícia Federal contra influenciadores digitais, jornalistas e parlamentares, além de perfis anônimos, nas redes sociais na internet. Segundo o futuro ‘ministro extraordinário’, a suspeita é de ‘fake news’ a respeito da tragédia no Rio Grande do Sul.
Em ofício enviado ao ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, Pimenta cita “narrativas desinformativas e criminosas” que causam impacto no aprofundamento da crise social vivida pela população gaúcha. Logo em seguida, Lewandowski atendeu ao pedido de seu colega Paulo Pimenta e encaminhou o ofício à Polícia Federal com pedido de investigação.
A ação de Paulo Pimenta levou o apresentador do Jornal Nacional, da Rede Globo, questioná-lo, em uma entrevista num centro de apoio a desabrigados no RS, sobre os ‘critérios’ escolhidos para definir quem tinha supostamente cometido ‘fake news’.
Segundo Bonner, boa parte dos nomes colocados no documento tinha proferido apenas críticas à atuação de apoio e resgate do governo Lula no estado do sul. Veja abaixo!
Pimentinha estava com Bonner.
O jornalista chegou a perguntar algo relevante sobre a censura perpetrada pelo ministro mas foi uma perguntinha já se desculpando tipo “eu sei do poder das fake News, mas por que o senhor incluiu críticas no seu relatório”?
O ministro não… pic.twitter.com/PcLVZ1P51D
— Júlia Zanatta (@apropriajulia) May 11, 2024
Por este pedido de investigação, Pimenta deverá comparecer à CCJ da Câmara dos Deputados em dia 28 de maio. Ele vai prestar esclarecimentos a pedido dos parlamentares sobre ter pedido que a Polícia Federal instaure investigação contra pessoas que, segundo ele, divulgaram fake news. (Foto: EBC; Fontes: EBC; Metrópoles)