O Banco Central confirmou a realização de novos leilões extraordinários de dólares nesta sexta-feira (20), totalizando US$ 7 bilhões. A primeira operação será um leilão de dólares à vista, com limite de US$ 3 bilhões, e ocorrerá das 9h15 às 9h20.
Em seguida, serão promovidos dois leilões de linha, somando US$ 4 bilhões, modalidade em que o BC vende reservas internacionais com compromisso de recompra futura.
O “leilão A” ocorrerá das 10h20 às 10h25, com recompra agendada para 2 de julho de 2025, enquanto o “leilão B” será realizado entre 10h40 e 10h45, com data de recompra prevista para 2 de outubro de 2025. Cada operação terá um limite de US$ 2 bilhões e as liquidações estão programadas para terça-feira (24).
A decisão de realizar novos leilões ocorre após uma intervenção histórica do BC nesta quinta-feira (19), quando US$ 8 bilhões foram injetados no mercado em dois leilões à vista – a maior operação em um único dia desde a adoção do regime de câmbio flutuante, em 1999.
A quinta-feira foi marcada por forte oscilação no mercado cambial, com o dólar atingindo a máxima de R$ 6,301 antes de reverter e fechar em queda de 2,28%, cotado a R$ 6,124. Desde o dia 12, foram realizadas nove intervenções no câmbio, totalizando uma injeção de US$ 20,7 bilhões.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que as ações foram motivadas por “operações atípicas no volume que estão acontecendo”. Ele destacou o alto nível de reservas internacionais do país, atualmente em US$ 357,118 bilhões, e explicou que as intervenções visam equilibrar o fluxo financeiro.
Campos Neto também apontou fatores como o aumento no pagamento de dividendos, o fluxo financeiro negativo – um dos piores dos últimos anos – e a retirada significativa de recursos por pessoas físicas como motivos para a movimentação atípica. “A gente tenta fazer uma intervenção que se contrabalanceie em relação ao fluxo que está vendo e, geralmente, fatia o volume que entende que é o razoável para suprir essa liquidez em alguns dias”, explicou.
Embora evite antecipar novas intervenções, o presidente do BC declarou que a instituição está monitorando o fluxo diariamente e espera maior saída de dólares até o fim da semana. E mais: Mulher se recusa a dar entrevista a Globo e deixa repórter sem graça. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBy; Fonte: Folha de SP)