A justiça francesa determinou nesta segunda-feira (31) a inelegibilidade da líder conservadora Marine Le Pen por um período de cinco anos.
A decisão foi tomada após a política ser considerada culpada por acusação de uso indevido de recursos da União Europeia, impedindo-a de concorrer a qualquer cargo público com efeito imediato. Além da inelegibilidade, Le Pen foi multada em 100 mil euros.
Le Pen e 24 outros colegas do seu partido, o Reagrupamento Nacional, são acusados de desviar dinheiro de assessores do Parlamento Europeu para pagar a quem trabalhava para o partido na época. Isso teria ocorrido em um período de quatro anos.
O caso inicialmente foi analisado pela polícia local, que depois enviou à Justiça. O procurador do Estado que fechou o processo, em novembro do ano passado, pediu pena de 10 anos de prisão, um impedimento de concorrer à cargos públicos durante cinco anos, além de uma multa de € 300 mil.
Ainda não se sabe se os três juízes vão seguir a proposta do procurador, entretanto, de acordo com a imprensa francesa, a expectativa é que isso ocorra.
O veredicto altera drasticamente o cenário político na França, já que a líder do partido Reunião Nacional (RN) era apontada como favorita nas pesquisas para as eleições presidenciais de 2027.
Aos 56 anos, ela já disputou a presidência em três ocasiões e havia declarado que essa seria sua última tentativa. Apesar da condenação, ela permanecerá no Parlamento até o término de seu mandato.
Le Pen evitou falar com a imprensa ao chegar ao tribunal, mas anteriormente classificou o processo como uma tentativa de promover sua “morte política”, alegando um complô para afastar seu partido do poder. A acusação contra ela, o RN e outros membros da sigla envolve o uso de recursos do Parlamento Europeu para custear salários de funcionários partidários na França.
Os envolvidos defendem que os valores foram aplicados de maneira legítima e questionam os critérios utilizados para definir o papel de um assistente parlamentar. No entanto, a juíza Benedicte de Perthuis concluiu: “Foi estabelecido que todas essas pessoas estavam realmente trabalhando para o partido, que seu legislador (da UE) não havia dado a elas nenhuma tarefa.”
“As investigações também mostraram que esses não foram erros administrativos… mas apropriação indébita na estrutura de um sistema estabelecido para reduzir os custos do partido.”. E mais: Entregadores de aplicativos realizam greve nacional. E mais: Entregadores de aplicativos realizam greve nacional. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: CNN; CBN)