No primeiro ano da atual gestão de Lula (PT), o Jornal Nacional consolidou sua posição como o principal receptor de verba publicitária do governo federal, totalizando um montante impressionante de pelo menos R$ 24 milhões em anúncios direcionados.
Além do valor, esta cifra também reflete uma mudança notável em relação à gestão anterior. Durante o mandato do ex-presidente Bolsonaro (PL), o Jornal Nacional ocupava a terceira posição nesse ranking, com a maior fatia da verba de anúncios direcionada ao Jornal da Record. Entretanto, com a ascensão da administração Lula, houve uma alteração significativa nesse padrão, com a preferência agora voltada para o jornal de Bonner e Renata Vasconcelos.
O segundo lugar no recebimento de inserções publicitárias do governo ficou com o Fantástico, também da Globo, com um total de R$ 11,7 milhões em anúncios. Esses valores englobam tanto as veiculações no canal nacional quanto nas emissoras regionais do grupo.
Sob a gestão de Lula, o Jornal da Record recebeu propagandas no valor de R$ 10,6 milhões, passando a ocupar a 3ª posição no ranking.
Segundo o site ‘Notícias da TV, a liderança da Globo na audiência da Grande São Paulo teve média de 10,5 pontos, enquanto a Record ficou em segundo lugar, com 3,9 pontos.
Uma análise realizada pela Folha em julho revelou que o Grupo Globo retomou o protagonismo na publicidade federal durante a gestão Lula, após ter recebido menos verba do que concorrentes como a Record e o SBT nos primeiros anos do governo Bolsonaro.
Os veículos de TV, rádio e internet do Grupo Globo receberam um total de pelo menos R$ 118 milhões em anúncios no ano passado, representando cerca de um terço do total de R$ 358 milhões em publicidade detalhados no portal da Secom.
A maior fatia da verba do governo foi destinada às ações da própria Secretaria de Comunicação, totalizando R$ 185 milhões, seguida de perto pelo Ministério da Saúde, que recebeu R$ 151,1 milhões. Destaca-se também a campanha de 100 dias do governo, que consumiu pelo menos R$ 43,3 milhões em anúncios.
O ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT-RS), estimou que cerca de 45% da publicidade federal são direcionados para TVs, enquanto 15% são destinados à internet e 12% para rádios. Além disso, há investimentos em “mídia exterior”, jornais, revistas e cinema.
As plataformas de redes sociais estão entre as empresas que mais receberam verba do governo. A Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, recebeu pelo menos R$ 13,3 milhões em anúncios em 2023, seguida pelo TikTok, com R$ 5,5 milhões, e Google, com R$ 4,3 milhões.
A verba destinada à comunicação institucional e campanhas de interesse público registrou um aumento significativo durante o governo Lula, passando de cerca de R$ 815 milhões em 2023 para impressionantes R$ 1,45 bilhão neste ano.
Os dados da Secom também revelam uma mudança na estratégia de investimento, com o governo voltando a incluir veículos que não haviam sido contemplados nos planos de mídia durante a gestão Bolsonaro, como a Folha (R$ 648,9 mil), o jornal O Globo (R$ 859,4 mil) e O Estado de S. Paulo (R$ 593,1 mil), além de sites alinhados à gestão Lula, como o Brasil 247 (R$ 697,4 mil), Portal Fórum (R$ 343,6 mil) e Diário do Centro do Mundo (R$ 222,4 mil). (Foto: divulgação Globo; Fontes: Folha de SP; Notícias da TV)