O ex-deputado petista Jean Wyllys (PT) fez declarações nesta sexta-feira (29) em resposta a rumores sobre sua possível entrada no governo Lula. Em redes sociais, um usuário sugeriu que o ministro da ‘Secretaria de Comunicação da Presidência’ (Secom), Paulo Pimenta, seria afastado para dar lugar a Jean Wyllys. Entretanto, o ex-parlamentar negou veementemente essa possibilidade.
Wyllys deixou claro que não tem interesse em fazer parte do governo, afirmando: “A última coisa que eu quero nesta vida é integrar este governo. Com todo respeito e amor que tenho a Lula que me convidou para integrá-lo.” O ex-deputado revelou que, recentemente, foi convidado por Luiz Inácio Lula da Silva para assumir um cargo na Secom, mas alegou ter sido vítima de uma campanha de sabotagem promovida por Paulo Pimenta.
Segundo Wyllys, o ministro da Secom teria utilizado uma postagem do ex-parlamentar, na qual criticava o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para pintá-lo como “tóxico” e “radioativo” para o governo Lula. Wyllys explicou: “Ele [Pimenta] fez um processo de sabotagem em relação à minha ida para o governo. Ele utilizou o tuíte que eu fiz sobre o Eduardo Leite para isso.”
Em julho, após Eduardo Leite anunciar a continuidade do programa de escolas cívico-militares no estado, Jean Wyllys criticou a decisão, acusando o governador de “homofobia internalizada”. Isso levou o Ministério Público do Rio Grande do Sul a denunciar Wyllys por suposto crime de injúria contra Leite.
Wyllys ressaltou que, embora continue apoiando Lula, sua decisão de não fazer parte do governo se deve ao fato de que, quando cogitou essa possibilidade, não estava ciente dos fatos que posteriormente veio a descobrir. O ex-deputado utilizou uma expressão em latim de forma pejorativa, “et caterva,” para se referir a Paulo Pimenta e seus colaboradores, traduzindo-a como “e seus comparsas.”
O ex-deputado concluiu sua resposta reiterando seu apoio a Lula, desde que suas ações estejam em conformidade com seus princípios. Ele enfatizou que não tem interesse em fazer parte do governo e pediu para ser deixado em paz: “E me deixem em paz de uma vez por todas! Deixem-me em paz. Eu sigo com Lula até o momento em que suas atitudes não contrariem meus princípios. Até agora isto não aconteceu, logo, sigo com ele. Mas estar em seu governo não me interessa mais de forma nenhuma! De forma nenhuma, entendeu? Esqueçam-me!”
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