Até o final de novembro, todos os clientes do Itaú Unibanco poderão utilizar o Pix por aproximação, antecipando-se ao calendário estabelecido pelo Banco Central, que havia programado essa nova modalidade apenas para fevereiro de 2025. Com isso, o Itaú se une ao C6 Bank e ao PicPay na oferta antecipada deste recurso, que também estará disponível nas maquininhas de pagamento do banco. O Banco do Brasil, por sua vez, está atualmente realizando testes.
“Há uma troca constante de construção junto com o Banco Central porque fazemos tudo em cima das normas que estavam disponíveis, dos padrões. É uma conversa que tem sido, desde sempre, super-próxima e de cocriação”, afirma Angelo Russomanno, diretor de pagamentos para Pessoa Jurídica do Itaú Unibanco.
Para que o novo método de pagamento funcione, a transação deve ocorrer entre uma maquininha equipada para essa tecnologia ou um celular que também possua o recurso, além de um smartphone ou smartwatch com o Pix por aproximação ativado na carteira digital.
Até agora, o Google é o único fornecedor de carteira digital registrado no Banco Central para oferecer o Pix por aproximação, tornando o Google Pay a única opção disponível até o momento. A Apple e a Samsung ainda têm a oportunidade de se inscrever.
O Itaú informou que todas as suas maquininhas da Rede, carinhosamente chamadas de “Laranjinhas”, já estão sendo adaptadas para aceitar pagamentos via Pix por aproximação. “Desenvolvemos nas Laranjinhas da Rede uma solução que poderá ser utilizada por todos os consumidores, independentemente de sua instituição financeira”, destaca Russomanno.
Com a implementação do Pix por aproximação, o Banco Central busca simplificar o sistema de pagamentos, que atualmente exige o escaneamento de QR Codes e a inserção de chaves, processos que demandam etapas adicionais nos aplicativos bancários.
O novo sistema permitirá que o usuário registre contas de sua preferência na carteira digital, que funcionará como iniciadora de uma transação Pix, eliminando a necessidade de abrir o aplicativo do banco ou realizar a transação manualmente. O funcionamento será semelhante ao dos cartões cadastrados em smartphones, utilizando a tecnologia NFC. Contudo, por razões de segurança, o Banco Central limitou cada transação a um valor máximo de R$ 500.
Para garantir a segurança dos usuários, a senha do dispositivo será solicitada a cada transação. “Desenvolvemos uma ferramenta que permitiu levar para o Pix a mesma facilidade, fluidez e segurança do uso das wallets para pagamentos com cartão de crédito e débito”, afirma Mario Miguel, diretor de Pagamentos para Pessoa Física do Itaú.
De acordo com uma pesquisa do Datafolha para a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços), os pagamentos por aproximação já correspondem a 61,1% do total de transações realizadas. E mais: Comissão do Senado debate tributação das plataformas de vídeo sob demanda. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: Folha de SP)