Em um movimento surpreendente, o Itaú Unibanco anunciou, após 44 anos de atuação na Argentina, a decisão de vender suas operações no país.
A medida chega em um momento de turbulência econômica, marcada por uma inflação acentuada após décadas de governo socialista kirchinerista.
O comunicado oficial, emitido no dia 23 de agosto, detalhou a transação que envolve a venda das ações do Itaú para o Banco Macro por um montante de R$ 250 milhões.
Caso a operação seja aprovada pelas autoridades regulatórias argentinas e as condições estipuladas no contrato sejam cumpridas, o Banco Macro assumirá as operações do Itaú no país vizinho por R$ 250 milhões.
Em declarações ao público, um trecho do comunicado do Itaú Unibanco diz: “Após o cumprimento de determinadas condições precedentes previstas no contrato e a obtenção das autorizações regulatórias necessárias na Argentina, o Itaú Unibanco, por meio de suas subsidiárias, receberá do Macro na data de fechamento desta transação um valor de aproximadamente R$ 250 milhões, que será ajustado pelo resultado líquido do BIA, auferido entre 1º de abril de 2023 e a data de fechamento.”
A venda terá um impacto significativo nos balanços do Itaú Unibanco, com um impacto negativo estimado em R$ 1,2 bilhão após a conclusão da transação.
No entanto, mesmo com essa decisão estratégica, a instituição garantiu que continuará prestando atendimento aos clientes corporativos locais e regionais por meio de suas unidades internacionais.
Em um movimento planejado, o Itaú Unibanco também expressou sua intenção de submeter à aprovação das entidades reguladoras tanto na Argentina quanto no Brasil, um pedido para a abertura de um escritório de representação no território argentino.
Esse escritório conduzirá atividades permitidas pela licença concedida e de acordo com as demais condições estabelecidas no acordo de compra e venda.
Mesmo depois da venda, a instituição afirmou que seguirá atendendo os clientes corporativos locais e regionais por meio de suas unidades internacionais. A instituição afirmou também que “submeterá à aprovação das entidades reguladoras na Argentina e no Brasil um pedido de abertura de escritório de representação na Argentina, que conduzirá as atividades permitidas por sua licença e pelas demais condições do acordo de compra e venda”.
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