Inflação em 12 meses atinge 4,23% e se aproxima do teto da meta

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A inflação do país foi de 0,21% em junho, desacelerando em relação ao mês de maio, quando foi de 0,46%. No ano, a alta de preços acumulada é de 2,48% e, nos últimos 12 meses, de 4,23%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE.

O IPCA se aproxima do teto do intervalo permitido para a meta de inflação em 2024, que estabelece taxa de 3% com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Na prática, pode alcançar até 4,50% ao final de dezembro para cumprir o limite.

O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi ‘Alimentação e bebidas’, que apresentou alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%), e contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o índice de junho.

 

 

Na ‘Alimentação no domicílio’, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%). Entre as quedas que contribuíram para esse resultado, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

Entre as altas, destaque para a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%). O café moído, com alta de 3,03%, também se destacou em junho. Em valorização no mercado internacional e com redução na oferta mundial do grão, o subitem tem alta acumulada de 12,15% em 2024.

No caso da ‘Alimentação fora do domicílio’, a variação foi de 0,37%, menos intensa do que em maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram na comparação mensal, com o primeiro passando de 0,78% para 0,39%, e o segundo de 0,36% para 0,34%.

Grupo com maior variação, ‘Saúde e cuidados pessoais’ teve alta de 0,54%, influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%, e também pela alta dos planos de saúde, de 0,37%.

Outra alta relevante no IPCA de junho foi no grupo ‘Habitação’, cujos preços subiram 0,25%. A alta da taxa de água e esgoto (1,13%) acontece após reajustes tarifários de 9,85% em Brasília (9,19%), a partir de 1º de junho; de 6,94% em São Paulo (2,05%), a partir de 10 de maio; e de 2,95% em Curitiba (1,61%), a partir de 17 de maio.

Já no subitem ‘gás encanado’, que caiu 0,49%, o resultado do Rio de Janeiro (-1,61%) vem por conta da redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho. A ‘energia elétrica residencial’, com alta de 0,30%, foi impactada pelo reajuste tarifário de 6,76% aplicado em Belo Horizonte (5,98%), a partir de 28 de maio.

Os únicos grupos que apresentaram queda foram ‘Comunicação’, de 0,08%, e ‘Transportes’, com recuo de 0,19% nos preços após subir 0,44% em maio. No caso deste último, impactado pela redução na passagem aérea, de 9,88% e -0,06 p.p. de contribuição no índice geral. Os combustíveis tiveram alta de 0,54%, com o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) apresentando recuo e a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) com alta.

Goiânia x Porto Alegre
Em termos regionais, 13 locais tiveram variação positiva em junho, sendo a maior alta em Goiânia, com crescimento de 0,50%, influenciada pelos resultados do etanol (5,19%) e da gasolina (2,86%). Por outro lado, entre as três áreas com taxa negativa, a menor variação foi em Porto Alegre, cujos preços recuaram 0,14%, por conta das quedas na passagem aérea (-9,62%) e no gás de botijão (-5,02%). E mais: Representantes do RS cobram Lula por mais recursos para o Estado. Clique AQUI para ver. (Fonte, foto e gráfico: IBGE)

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