Inflação dispara e atinge maior índice para o mês de fevereiro desde 2003

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A inflação oficial do Brasil acelerou em fevereiro, alcançando 1,31%, ante o avanço de 0,16% registrado em janeiro, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O principal fator por trás dessa escalada foi o reajuste de 16,8% nas tarifas de energia elétrica residencial, levando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ao maior patamar para o mês desde 2003, quando chegou a 1,57%. Comparado a fevereiro de 2024, que teve variação de 0,83%, o aumento é significativo. Já na análise geral mensal, trata-se do índice mais elevado desde março de 2022, com 1,62%.



No acumulado dos últimos 12 meses, até fevereiro de 2025, os preços subiram 5,06%, superando os 4,51% registrados no mesmo período do ano anterior e alcançando o maior nível desde setembro de 2023 (5,19%).

Com isso, o IPCA segue acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que fixa o índice entre 1,5% e 4,5%, com centro em 3%.



É o quinto mês seguido que a inflação ultrapassa esse limite de tolerância. O Banco Central já projeta que o índice ficará acima de 4,5% até junho, o que exigirá explicações formais caso o teto seja rompido por seis meses consecutivos, conforme as regras do regime de metas.

O salto nas contas de luz reflete a recomposição de um desconto aplicado em janeiro, quando as tarifas caíram 14,2% graças ao “Bônus Itaipu”.



Esse benefício, distribuído a 78 milhões de consumidores com uso inferior a 350 kWh em pelo menos um mês de 2023, variou entre R$ 16,66 e R$ 49 nas faturas residenciais e rurais. A medida, porém, foi excepcional e aplicada com atraso em relação a 2023, quando reduziu as contas em 3,89% em julho, seguido por um aumento de 4,59% em agosto.



No segmento de alimentos e bebidas, a inflação desacelerou para 0,7% em fevereiro, contra 1,07% em janeiro. A alimentação em casa subiu 0,79%, com destaque para o ovo de galinha (15,4%) e o café moído (10,8%), impulsionados por exportações altas, problemas na safra e o calor afetando a produção.



Por outro lado, itens como batata-inglesa (-4,1%), arroz (-1,61%) e leite longa-vida (-1,04%) registraram quedas. Já a alimentação fora do lar teve alta mais suave, de 0,47%, ante 0,67% em janeiro, influenciada por lanches (0,66%) e refeições (0,29%), ambos com aumentos menores que no mês anterior. E mais: União Europeia anuncia retaliação às tarifas de Trump. Clique AQUI para ver. (Foto: IBGE; Fonte: UOL)

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