A inflação da indústria voltou a subir após cinco meses. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa sexta-feira (3), os preços de subiram 0,29% no mês. Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumula um aumento de 2,24% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).
Em janeiro de 2023, os preços da indústria avançaram em 14 das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações positivas de preço ante o mês imediatamente anterior.
Em comparação, 11 atividades haviam apresentado maiores preços médios em dezembro em relação ao mês anterior.
As quatro maiores variações foram em indústrias extrativas (9,62%); bebidas (5,30%); papel e celulose (-3,37%); e calçados e produtos de couro (-2,25%).
Indústrias extrativas foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação com dezembro. A atividade foi responsável por 0,42 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de 0,29% da indústria geral. Ainda nesse quesito, outras atividades que também sobressaíram foram refino de petróleo e biocombustíveis, com -0,18 p.p. de influência, bebidas (0,12 p.p.) e alimentos (0,12 p.p.).
Alimentos
Em janeiro de 2023, os preços do setor variaram, em média, 0,48% em relação a dezembro de 2022, acentuando o aumento observado na passagem de novembro para dezembro (0,28%). Com isso, o acumulado em 12 meses, que fechara 2022 em 5,03%, avança para 5,74%. O setor foi a quarta maior influência frente a janeiro de 2023 contra dezembro de 2022 (0,12 p.p., em 0,29%), e a primeira no acumulado em 12 meses (1,34 p.p., em 2,24%).
Ao olhar o comportamento dos grupos explorados na pesquisa, na comparação de janeiro de 2023 com o mês imediatamente anterior, três grupos tiveram variações acima dos 0,48%: “laticínios” (5,86%), “moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais” (1,39%) e “fabricação e refino de açúcar” (3,22%). Vale apontar, todavia, que os preços de “abate e fabricação de produtos de carne” tiveram variação de -2,90%.
Na comparação janeiro de 2023 contra janeiro de 2022, os setores que tiveram preços variando acima do resultado do setor (5,74%) foram: “laticínios” (24,80%) e “moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais” (16,90%). Novamente a variação dos preços de “abate e fabricação de produtos de carne” foi em sentido oposto, acumulando neste espaço de 12 meses uma variação de -2,91%.