O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,52% em outubro, revelando uma forte aceleração em comparação ao índice de 0,62% registrado em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). O indicador, que normalmente é usado para a correção inflacionária dos contratos de aluguel
Com este resultado, o índice acumula uma alta de 4,20% no ano e de 5,59% nos últimos 12 meses. No mesmo período de 2023, o IGP-M havia registrado elevação de 0,50% no mês e acumulava uma queda de 4,57% em 12 meses.
Para o economista Matheus Dias, do FGV Ibre, “em outubro, além dos efeitos climáticos adversos, houve o impacto da demanda global por commodities”. Entre os itens mais pressionados estão os preços de bovinos, carne bovina e minério de ferro, todos produtos de exportação com aumento de volume no último trimestre.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que representa 60% do cálculo do IGP-M, avançou 1,94% no mês, frente a 0,70% em setembro. Esse incremento foi amplamente impulsionado pelo subgrupo de alimentos processados, cuja taxa saltou de 1,88% para 4,38%. O índice de Bens Finais também registrou alta de 1,36%, ante 0,69% no mês anterior.
Dentro do grupo de Matérias-Primas Brutas, houve uma elevação significativa de 4,59%, em comparação com o avanço de 0,87% observado em setembro. Produtos como minério de ferro, bovinos e soja em grão foram os principais responsáveis pela alta, enquanto itens como leite in natura e suínos mostraram desaceleração.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que compõe 30% do IGP-M, avançou 0,42% em outubro, acima dos 0,33% registrados no mês anterior. Entre as categorias que impulsionaram essa alta, destaque para a tarifa de eletricidade residencial, com crescimento de 5,51%, e para o setor de vestuário, que teve um avanço de 0,23%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que representa os 10% restantes do IGP-M, subiu 0,67% em outubro, superando o 0,61% registrado em setembro. Neste setor, os preços de materiais, equipamentos e serviços apresentaram os maiores impactos.
Essas altas refletem uma combinação de fatores, como condições climáticas adversas, aumento da demanda global por produtos exportáveis e o impacto da bandeira vermelha na tarifa de energia elétrica, consolidando uma tendência de pressão inflacionária nos custos de produção e consumo no país.
Apesar de ser considerado o indicador do mês fechado, para o cálculo do IGP-M e de seus componentes, são comparados os preços coletados do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do atual (o de referência) com os do ciclo de 30 dias imediatamente anterior. E mais: Governo Maduro ameaça Lula em publicação: ‘quem mexe com a Venezuela se dá mal’. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Valor Investe)