IBGE lança mapa-múndi ao contrário e com Brasil no centro

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta quinta-feira (8) uma nova versão do mapa-múndi, com uma proposta ‘inusitada’: além de colocar o Brasil no centro da representação do globo, como já havia feito em 2024, agora a instituição inverteu a orientação tradicional do mapa, posicionando o sul no topo da imagem.

Segundo o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, o objetivo é estimular novas formas de pensar o lugar do país no mundo atual.

“Estamos lançando o novo mapa-múndi, que tem o Brasil nesse centro do mundo, mas agora de uma forma invertida, estimulando a reflexão sobre como nos vemos neste novo mundo em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior”, afirmou em vídeo publicado no site do órgão.

Conforme explicou o IBGE em comunicado à imprensa, a iniciativa faz parte de uma série de ações para promover o debate sobre o Sul Global e o crescente destaque do Brasil nas discussões internacionais.

“Esse lançamento integra uma série de ações estratégicas para a reflexão e o debate sobre a importância do Sul Global, em meio à crescente importância do Brasil no cenário internacional e às mudanças geopolíticas mundiais”, informou o instituto. O momento escolhido para a divulgação também é simbólico:

“O lançamento é feito em ano que o Brasil tem ativa participação nos debates e perspectivas do Sul Global e do cenário mundial, em especial por presidir o BRICS e o Mercosul. E recebe a COP 30”, justificou a nota.

Além de reconfigurar visualmente a posição dos hemisférios, o novo mapa-múndi realça países integrantes do BRICS e do Mercosul, nações que compartilham o idioma português, regiões que abrigam a floresta amazônica e cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Belém e Ceará. O IBGE ainda abordou a questão da convenção cartográfica que tradicionalmente coloca o norte acima e o leste à direita.

“A maior parte do mundo está acostumada a ver a América do Norte no Norte e a América do Sul no Sul, mas essa representação não é a única possível e nem a única que foi registrada durante a história. Na verdade, não existe uma razão técnica para colocar os pontos cardeais nas direções convencionais e, portanto, a representação tradicional é tão correta quanto a representação invertida”, destacou a nota.

A nova edição do mapa está disponível em português e inglês e pode ser adquirida diretamente no site do IBGE.

 

 

 

 

 

 

 

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