O brasileiro Hugo Calderano, principal nome do tênis de mesa nacional, teve sua entrada negada nos Estados Unidos com base em uma norma americana que restringe o acesso de pessoas que tenham visitado determinados países, como Cuba, após 2021.
A restrição impediu sua participação em uma das competições mais relevantes da temporada, marcada para esta sexta-feira (5) em Los Angeles.
Calderano tentava entrar no país utilizando o passaporte português, já que Portugal integra o Programa de Isenção de Visto (Visa Waiver Program), que permite viagens de curta duração — até 90 dias — sem a necessidade de visto formal, desde que preenchido o formulário ESTA (Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem).
No entanto, a autorização foi negada porque ele esteve em Cuba em 2023, onde participou do Campeonato Pan-Americano e da seletiva olímpica para Paris 2024.
Segundo a legislação americana, pessoas que tenham viajado a países incluídos em uma lista de risco — entre eles Irã, Coreia do Norte, Iraque e, desde 2023, Cuba — perdem o direito à isenção e devem solicitar um visto convencional.
A regra, criada em 2015, durante o Governo Obama, como parte da política de “Prevenção à Circulação de Terroristas”, foi atualizada para incluir Cuba já durante o governo de Joe Biden.
A assessoria do atleta informou que, após a negativa, Calderano e sua equipe tentaram conseguir um visto emergencial, mas não houve tempo suficiente para o trâmite.
“Segui o mesmo protocolo de todas as viagens anteriores que fiz aos Estados Unidos utilizando o meu passaporte português. Ao ser informado sobre a situação, mobilizei toda a minha equipe para conseguir um visto regular de emergência, mas, infelizmente, não houve tempo hábil. É frustrante ficar fora de uma das mais importantes competições da temporada por questões que fogem do meu controle, especialmente vindo de resultados tão positivos”, afirmou o atleta em nota divulgada no seu site oficial.
O programa de isenção de visto dos EUA exige apenas o preenchimento online do ESTA, mediante pagamento de uma taxa de US$ 21 (cerca de R$ 114), valor muito inferior ao de um visto americano tradicional, que ultrapassa R$ 1.000.
Entretanto, a visita a Cuba depois de 12 de janeiro de 2021 elimina a possibilidade de uso desse procedimento simplificado. (Foto: COB; Fonte: G1)
Polícia prende suspeito de participar a ataque contra sistema do Pix do Banco Central
Saiba quanto o PT gasta para impulsionar campanhas ‘rico x pobres’ nas redes