Homem detona explosivos e morre em frente ao STF

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Um homem morreu ao detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13). O incidente levou à evacuação do STF e mobilizou as forças de segurança.

O que ocorreu
De acordo com informações da polícia, o homem carregando explosivos aproximou-se do STF por volta das 19h30. Próximo à estátua da Justiça, ele acionou os dispositivos, e o estrondo foi ouvido dentro do edifício logo após o encerramento da sessão no plenário.

A Polícia Federal informou que investigará o caso, realizando uma inspeção nas dependências do STF e da Câmara nesta quinta-feira (14), com previsão de retomada das atividades ao meio-dia. O Senado, por precaução, suspendeu seus trabalhos.



Francisco Wanderley Luiz, identificado como proprietário do carro deixado no Planalto após as explosões, era catarinense de Rio do Sul e vivia em Brasília há quatro meses, segundo informações obtidas pela imprensa.

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, evitou confirmar publicamente o nome dele, mas mencionou que o indivíduo morto era, de fato, o dono do veículo. “É o nome que está circulando na imprensa”, declarou durante coletiva. O governador Ibaneis Rocha, atualmente em Roma, negou qualquer falha na segurança em posicionamemtno ao portal UOL.



Luiz foi visto circulando pelo Anexo 4 da Câmara ao longo do dia, onde estão localizados a maioria dos gabinetes parlamentares. A entrada ao prédio é permitida para qualquer visitante, mediante passagem por detectores de metal, mas sem revista completa.

No momento da explosão no estacionamento, os deputados estavam em sessão discutindo uma proposta de emenda à Constituição que visa ampliar a imunidade tributária para igrejas. A notícia das explosões gerou indignação entre os parlamentares, que criticaram a continuidade das atividades em meio ao que classificaram como uma “banalização da violência” e um possível reflexo dos atos de 8 de janeiro.



O STF emitiu um comunicado confirmando que “os ministros foram retirados do prédio em segurança” e relatou que “dois fortes estrondos foram ouvidos”. A sessão, que tratava de operações policiais em favelas do Rio de Janeiro, contava com a presença de autoridades e representantes da sociedade civil, o que contribuiu para um plenário mais movimentado do que o habitual. (veja na íntegra ao fim da reportagem)



Em 2020, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal pelo Partido Liberal (PL), mas obteve apenas 98 votos. Nas redes sociais, ele se apresentava como empreendedor, investidor e desenvolvedor, além de ter trabalhado anteriormente como chaveiro e camelô. Clique AQUI para ver reportagem da Record sobre o caso. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: UOL)

Nota do STF sobre o caso: “Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF.

O presidente do STF falou por telefone com o presidente da República, com o diretor-geral da PF e com a vice-governadora do DF. Também por mensagem com o governador do DF. Está acompanhando a ocorrência e diretamente em contato com a segurança do STF.

Os prédios do Supremo Tribunal Federal passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta-feira (14). O expediente foi suspenso até o meio-dia em todos os prédios, e a situação será reavaliada ao longo da manhã.”

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