Herdeiro da Marabraz busca interditar o pai em meio a disputa judicial bilionária

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Segundo a coluna de Eliane Trindade, da Folha de S.Paulo, Abdul Fares, de 40 anos, filho de Jamel Fares, de 64, um dos sócios-fundadores da Marabraz, entrou com uma ação judicial para interditar o pai.

O caso, que tramita em segredo de Justiça na comarca de Simões Filho (BA), foi descoberto pelo patriarca por acaso, durante uma busca de rotina conduzida pela assessoria jurídica do grupo. Clique AQUI e APOIE nosso trabalho.



Conforme a colunista, Abdul alega que o pai enfrenta problemas graves de saúde, incluindo depressão profunda, cardiopatia severa, dependência química de medicamentos controlados e comportamento agressivo. Esses argumentos foram embasados em relatórios médicos psiquiátricos e neurológicos apresentados à Justiça.

Patriarca reage com acusações
Surpreendido pela iniciativa do filho, Jamel contratou o escritório Warde Advogados para contestar a ação e o foro escolhido para o processo. “Abdul vem lançando mão de meios manifestamente criminosos e fraudulentos para tentar interditar e internar seu pai”, apontou a defesa de Jamel, que ainda qualificou Abdul como “ingrato e parasita”.



A ação judicial é mais um capítulo em uma disputa familiar envolvendo a holding bilionária LP Administradora. Segundo a reportagem, Jamel e seu irmão Nasser, atual administrador da Marabraz, processam os seis herdeiros da família para reaver ações da holding, que foram transferidas a eles em 2011 como parte de uma estratégia de blindagem patrimonial.

De acordo com a reportagem, Abdul é descrito na ação como “um dos mais dissolutos dos herdeiros da família” e teria utilizado R$ 22,5 milhões em despesas pessoais, como viagens de jatinho, compra de helicópteros e aquisição de diamantes para presentear sua noiva, a atriz Marina Ruy Barbosa.



Disputa pelo foro judicial
Um ponto central do embate é o questionamento do foro escolhido para a ação de interdição. Segundo a coluna, Abdul alegou residir em uma casa simples alugada na região de Simões Filho, no estado da Bahia. No entanto, a defesa de Jamel anexou provas de que nem pai nem filho têm vínculos reais com o município, argumentando que a escolha do foro foi manipulada para favorecer Abdul.

“É sem precedentes um filho ajuizar contra um pai ação de interdição na comarca de uma cidade em que nenhum dos dois nunca pisou os pés”, afirmou o advogado de Jamel.



O Ministério Público solicitou a suspensão da apreciação do pedido de curatela provisória até que sejam esclarecidos os questionamentos sobre o domicílio. Caso seja comprovado que Abdul falsificou informações, ele poderá enfrentar penas de até cinco anos de reclusão e multa.

Bilhões em jogo
Por trás dessa disputa familiar, está um império bilionário. Fundada na década de 1980, a Marabraz conta hoje com 120 lojas e um faturamento anual de R$ 1 bilhão. Além disso, a holding LP Administradora controla um vasto patrimônio, incluindo imóveis e negócios no setor imobiliário.



A ação de interdição seria, conforme a defesa de Jamel, uma tentativa de Abdul de se proteger contra eventuais reveses nos processos cíveis já ajuizados. “Abdul Fares está apreensivo com a possibilidade de ser obrigado a devolver as quotas da holding para o seu pai e perder o único meio que tem de sustento da sua vida de califa”, argumentou a defesa do patriarca. Nenhum dos citados se manifestou publicamente sobre o caso.

Relação com Marina Ruy Barbosa
Abdul, conhecido na mídia como “o noivo bilionário da atriz Marina Ruy Barbosa”, mantém uma relação discreta nas redes sociais. Segundo a coluna, o casal oficializou o noivado em outubro de 2023, durante uma viagem a Dubai. Nesta semana, Marina anunciou que decidiu morar com Abdul para realizar um “test-drive” antes do casamento.



A disputa jurídica, além de envolver questões patrimoniais, expõe um choque de gerações e estilos de vida entre os fundadores da Marabraz e seus herdeiros, que agora lutam pelo controle de um negócio bilionário. E mais: Arthur Lira aponta falta de apoio ao pacote fiscal do governo. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução site oficial; Fonte: Folha e SP)

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